Os dois governos precisam que o Legislativo autorizem tanto a formação do consórcio quanto o uso dos orçamentos estaduais
Para que tudo isso dê certo, o próximo passo é obter autorização legislativa. Os dois governos têm de pedir à Câmara Legislativa (DF) e à Assembleia Legislativa (GO) autorização para formarem esse consórcio interfederativo e, também, aportarem recursos orçamentários.
Com as autorizações legislativas concedidas e com o consórcio constituído, caberá à ANTT delegar a competência de gestão do transporte ao consórcio. Inicialmente, será feita a gestão do transporte público utilizando os contratos atualmente em vigor - embora apenas 1 das 7 empresas tenha sido licitada. As demais têm autorização precária da agência de transportes.
O GDF já colocou como condição básica que as empresas que passem a operar o transporte semiurbano do Entorno tenham controle de bilhetagem e de catraca. Atualmente, elas não prestam conta a ninguém do número de passageiros e de linhas que operam - acredite, caro leitor, usam autodeclaração para informar à ANTT quais são os custos e porque precisam de mais aumento de tarifa.
Tarifas entre R$ 5 e R$ 8
A partir da anuência legislativa e com o uso orçamentário autorizado, os dois governos começam a aportar recursos e esse valor vai subsidiar as passagens, ou seja, vai dar o desconto nas passagens.
Estudos iniciais indicam que essas passagens, subsidiadas, vão custar entre R$ 5 e R$ 8. Atualmente, o deslocamento de Planaltina de Goiás ao DF custa R$ 10,15 (o mais caro) e R$ 6,40 para o Céu Azul (o mais barato).
Passo seguinte é fazer licitação para a troca da frota e possíveis criações de novas linhas. Ainda não há prazo para que tudo isso aconteça - mas, espera-se que atenda ao "tempo político": até abril do ano que vem, os atuais governadores têm de deixar os cargos para disputar as eleições. Certamente, Ibaneis e Caiado vão querer deixar de legado essa conquista. Que, desde já, é histórica.