Por: Fernando Molica

Correio Nacional | Pacheco: sem pressa para votar minirreforma e anistia

Pacheco vai decidir se devolverá medida provisória | Foto: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem demonstrado não compartilhar da pressa da Câmara dos Deputados em aprovar medidas como o projeto da minirreforma eleitoral e, principalmente, da Proposta de Emenda Constitucional. A PEC anistia partidos políticos que descumpriram cotas de gênero e tiveram contas reprovadas — ou seja, não conseguiram provar que aplicaram corretamente o dinheiro público que lhes foi destinado.

Em reunião de líderes na semana passada, Pacheco argumentou que as duas propostas são muito delicadas, tocam em pontos sensíveis e têm sido muito questionadas por setores importantes da população. Para ele, melhor seria deixar que as novas regras eleitorais sejam válidas apenas para o pleito de 2026. Para que o projeto entre em vigor em 2024, o Senado tem que aprová-lo antes do próximo dia 6.

 

No Senado

Aprovada pela Câmara no dia 14, a minirreforma facilita a prestação de contas eleitorais, flexibiliza os casos de inegibilidade, proíbe candidaturas coletivas e autoriza partidos a comprarem barcos e aviões. O projeto chegou ao Senado na terça e aguarda designação de relator.

União

A anistia conta com o apoio de praticamente todos os partidos políticos, fez com que PT e PL ficassem do mesmo lado. Ontem, o Psol protocolou medida para tentar dificultar a tramitação da proposta em comissão especial da Câmara dos Deputados.

Irritação

Ao indicar que também vai botar o pé no freio na anistia, Pacheco irritou muitos deputados, que não querem arcar sozinhos com o ônus de uma medida que favorece todos os partidos. De acordo com uma estimativa, o perdão das dívidas poderia chegar a R$ 23 bilhões.

Diferenças

A posição crítica de Rodrigo Pacheco em relação aos dois projetos serve também para reforçar suas diferenças com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que na prática, atua como se fosse o responsável por um sindicato de deputados federais.

Cartaz de evento dá Nobel fake para físico brasileiro

O prêmio recebido por Gleiser foi outro | Foto: Foto de Fernando Molica

A publicidade da Rio Innovation Week, que será realizada de 3 a 6 de outubro, concedeu ao físico brasileiro Marcelo Gleiser um Prêmio Nobel que ele — pelo menos, por enquanto — não recebeu. A inexistente honraria está exposta em banners espalhados pela cidade, como este, na Lagoa.

A programação do evento, porém, está correta. Lá é dito que Gleiser venceu o Prêmio Templeton, "considerado o Nobel da espiritualidade".

Nenhum brasileiro ganhou um Nobel, ainda que um petropolitano tenha recebido a honraria em 1960. Filho de britânicos, Peter Medawar optou por ser súdito de Sua Majestade.

Desmarcou

Presidente da CPMI do 8 de Janeiro, o deputado Arthur Maia (União-BA) desmarcou audiência com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber. O encontro seria para pedir que o plenário analisasse decisões que impediram depoimentos à comissão.

Recurso

Maia afirmou que pensou melhor no tema e concluiu que a presidente não teria como interferir nos casos, que devem ser avaliados pelos integrantes do STF. Frisou que a Advocacia do Senado já recorreu das decisões tomadas por Nunes Marques e André Mendonça.

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