Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO NACIONAL | Vice do PT: apoio ao Centrão para presidente da Câmara

Quaquá quer que PT fique ao lado de Lira | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Vice-presidente nacional do PT, o deputado federal Washington Quaquá (RJ) diz que o partido vai, necessariamente, apoiar um candidato do Centrão para a presidência da Câmara dos Deputados. Ele descarta a possibilidade de lançamento de uma candidatura própria.

Para ele, é importante que o PT chegue à eleição — em fevereiro de 2025 — alinhado ao atual presidente, Arthur Lira (PP-AL). Chega a lamentar o fato de seu partido não ter apoiado Lira na última disputa pela presidência.

Diz que não dá para repetir o que classifica de erros petistas, como o lançamento das candidaturas de Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgílio Guimarães em 2005 e de Arlindo Chinaglia em 2015 — eles foram derrotados, respectivamente, por Severino Cavalcanti e por Eduardo Cunha.

 

Marcos Pereira

Quaquá diz gostar muito de Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos e um dos pré-candidatos à presidência da Câmara. Afirma que ele, atual vice-presidente da Casa, é "de muita confiança". Mas faz uma ressalva: o PT não poderá deixar de ouvir Arthur Lira.

 

Opções

O vice-presidente do PT não descarta as candidaturas de Antonio Brito (PSD-BA) — apontado na Câmara como o favorito do presidente Lula — e de Elmar Nascimento (União-BA), que seria o preferido de Lira. Frisa, porém, que ainda há muito tempo pela frente.

 

Por Lula, Quaquá admite até ficar com Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, quer fazer um piscinão n região do Morumbi, como forma de combater as cheias. A previsão é de que a obra termine em 2026 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quaquá destaca que um eventual apoio a Marcos Pereira só será viável caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também é do Republicanos, não seja candidato à Presidência da República. Ele não descarta nem mesmo um acordo que inclua algum tipo de apoio do PT à reeleição do bolsonarista Tarcísio:

"A prioridade é a nova eleição do Lula, o resto pode ser discutido", afirma. Ele lembra que, em 2014, o PT apoiou três candidatos ao governo do Rio: Pezão (PMDB), Marcelo Crivella (PRB) e o petista Lindbergh Farias.

Quaquá descarta a possibilidade de o atual presidente não voltar a concorrer em 2026.

 

Do SNI pra Abin

Ex-membro da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência, Paulo Maurício Fortunato Pinto integrou o Serviço Nacional de Informações, criado pela ditadura. Ele, agora suspeito de ter monitorado adversários de Bolsonaro, entrou no SNI em 1983 como auxiliar de informações.

 

Sem registro

Ele revelou que integrou o SNI em depoimento, em 2008, na CPI que investigou denúncias de grampos em telefones de ministros do Supremo Tribunal Federal. Sua passagem pelo órgao de espionagem da ditadura não consta de seu currículo divulgado pela Abin.

 

Garimpos

Pinto disse à CPI que iniciou sua "atividade de inteligência" em 1982, quando foi contratado pela Caixa para atuar nos garimpos de Serra Pelada e Cumaru (PA). Contou que também dava expediente na Agência Central do SNI, órgão encarregado de coordenar os trabalhos.

 

Antes tarde

O plenário virtual da 2a Turma do STF começou a examinar a liminar do ministro Nunes Marques que suspendou a quebra de sigilos de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária. Se a decisão cair, o material será incorporado ao relatório da CPMI do Golpe.

 

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