Por: Fernando Molica

Correio Nacional | CPMI quer incluir sigilos de Vasques em relatório

STF julga se libera dados de ex-diretor da PRF | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A CPMI do 8 de Janeiro quer incluir em seu conjunto de provas o resultado da quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.

Isso, porém, vai depender de uma decisão da 2a Turma do Supremo Tribunal Federal que tem até a próxima sexta para decidir se mantém ou revoga a decisão do ministro Kassio Nunes Marques. Ele suspendeu a quebra dos sigilos que havia sido aprovada pela CPMI.

Marques determinou que sua decisão só começaria a ser avaliada pela Turma na última sexta, depois da votação do relatório final. Até o início da noite de ontem, apenas ele havia votado — reiterou sua posição. Vasques foi um dos indiciados pela CPMI.

 

Os que votam

Entre os cinco integrantes da 2a Turma está André Mendonça que, como Marques, foi indicado para o STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Os outros ministros são Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Edson Fachin. O julgamento está sendo feito pelo plenário virtual.

Roteiro

Hoje, a relatora da CPMI, Eliziane Gama, entrega o relatório a Alexandre de Moraes. Também está com a Procuradora-Geral da República interina, Elizeta Ramos, e com Vinicius de Cavalho, da Controladoria-Geral da União. Amanhã, irá à PF e ao Tribunal de Contas da União.

TCU avalia falhas do Exército no fiscalização de armas

Instituto Sou da Paz questiona a atuação da Força | Foto: Polícia Militar/RJ

O relatório da CPMI citou auditoria do TCU União aberta este ano para avaliar o controle de armas e munição feito pelo Exército. Gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani ressalta que é a terceira investigação do TCU para avaliar esse trabalho.

Segundo ele, já foram comprovadas muitas falhas dos militares: o ex-deputado Roberto Jefferson comprou fuzil quando estava em prisão domunicial. Frisa que, na auditoria anterior, o Exército justificou de maneira contraditória sua decisão de, a partir de uma ordem de Bolsonaro, revogar portarias que estabeleciam, entre outros pontos, controle de munição.

Lira voltou 1

Depois de duas semanas ausente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) volta a dar expediente hoje. Vai coordenar reunião de líderes para avaliar se o projeto que prevê taxação de fundos bilionários e de aplicações no exterior tem como ser pautado e aprovado.

Lira voltou 2

Em tese, Lira é favorável à proposta, que enfrenta restrições do PP e do União Brasil: não aceitaram votá-lo semana passada. Hoje vai dar pra saber se agiram contra o projeto ou se estavam de birra com Marcos Pereira (Rep-SP), que comandava interinamente a Câmara.

Sinais

Como a política adora sinais, vale ressaltar: Lira levou o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA) em sua viagem à Índia e China. O gesto reforçou a suspeita de que o deputado baiano é o candidato do atual presidente à sua sucessão. Pereira tenta correr por fora.

Cassinos

O Senado deve votar esta semana o projeto que regulamenta apostas pela internet. Carlos Portinho (RJ) tenta derrubar a inclusão das apostas em jogos de cassino, aprovada pela Câmara. Alega que, nesses casos, é impossível controlar manipulação de resultados.

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