O Ministério Público Militar abriu procedimento administrativo para "verificar a qualidade do serviço de saúde prestado" pelos hospitais do Exército, Marinha e Aeronáutica localizados no Rio.

Um dos motivos da investigação é a compra em 2016, pelo Hospital Central do Exército, de equipamento de imagem que custou R$ 2,575 milhões e que ainda não foi instalado porque aguardaria a conclusão "de obras de adequação na sala onde será instalado".

Para o MPM, o problema relacionado ao equipamento (um Gama Câmara Siemens) seria "indício de desorganização administrativa". O caso do aparelho foi constatado numa Notícia de Fato instaurada este ano para "analisar supostas irregularidades" no HCE.

O MPM pedirá à sua ouvidoria dados relacionados ao HCE e aos hospitais Marcílio Dias e da Força Aérea do Galeão desde 2022. Também quer que os três hospitais digam se recebem elogios e críticas; em caso positivo, solicita que as mensagens sejam encaminhadas.

Os procuradores também decidiram promover, na internet, a partir de hoje, pesquisa de satisfação com usuários dos três hospitais. O MPM atua na Justiça Militar, faz parte do Ministério Público Federal e não é subordinado aos comandos das Forças Armadas.

Integrante da CPMI do Golpe, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) afirma que a comissão recebeu diversas informações sobre a atuação, em 8 de janeiro, dos chamados Kids Pretos, militares de forças especiais do Exército.

Segundo ela, há muitas evidências de participação deles não apenas na depredação de sedes de poderes, mas em outros fatos, como ataques, também em janeiro, de torres de transmissão de energia elétrica. Algumas chegaram a ser derrunadas.

De acordo com a parlamentar, os casos que envolvem os Kids Pretos deverão constar do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes afirma que a oposição quer manter a obstrução de votações nesta semana, que será reduzida pelo feriadão. Isso, em protesto contra o que classifica de interferência indevida do Supremo Tribunal Federal no Legislativo.

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) viaja hoje para a Índia e China para cumprir agendas oficiais. Líderes de alguns partidos vão acompanhá-lo. Em tese, os trabalhos na Câmara vão continuar mesmo sem a presença de quem controla a Casa e que só volta no dia 21.

Lira é a favor da aprovação do projeto do governo que taxa aplicações em fundos bilionários no país e os investimentos em offshores (no exterior). Mas tem muito deputado do Centrão com pé atrás em relação a essa história de cobrar impostos de milionários.

Alguns líderes disseram ao presidente da Câmara que essa proposta é uma "agenda da esquerda". Um dos que reclamaram foi Elmar Nascimento (União-BA). Ele afirmou que entre os 59 deputados da bancada há os que não concordam com o projeto.