Por: Fernando Molica

Correio Nacional | MPM critica compra de aparelho por HCE

Promotor quer que Exército apure o caso | Foto: Marcio B.Alves/MPM

Promotor de Justiça Militar, Soel Arpini classificou de "desorganização administrativa injustificável" o fato de o Hospital Central do Exército (HCE) ter comprado, em 2016, equipamento para a realização de exames de imagens que ainda não foi instalado.

O aparelho — Equipamento Eletromédico de Grande Porte Gama Câmara Siemens — custou R$ 2,575 milhões e deveria ser utilizado em exames de cintilografia, que mostram problemas em órgãos internos de maneira precoce. O hospital fica na zona norte do Rio.

Apesar de não ter detectado crime militar no episódio — o que motivou o arquivamento no caso —, Arpini determinou o envio de seu despacho para a 1a Região Militar para que fossem apuradas "eventuais transgressões disciplinares dos militares".

 

Obras na sala

"Como cidadão, este representante ministerial lamenta o mau uso do dinheiro público, em razão de um deficiente planejamento", escreveu o promotor. Segundo o HCE, o equipamento não foi instalado devido à necessidade de "obras de adequação da sala".

 

Desativado

Em resposta enviada ao MPM, a direção do HCE informou que os exames de cintilografia vinham sendo realizados em equipamento da marca Philips, que, no entanto, estava desativado "devido a obras de adequação da sala para o equipamento da SIEMENS".

Hospital diz que houve "vantajosidade econômica"

HCE defendeu compra de equipamento | Foto: Reprodução

Segundo o HCE, o equipamento foi comprado via pregão eletrônico, e que houve "foco na vantajosidade econômica". Mas o promotor classificou de inadmissível que, sete anos depois da compra, o aparelho ainda não estivesse em uso, "por mais complexas que sejam as obras para adequação do ambiente físico para receber o equipamento".

Ressaltou que a resposta do HCE quis fugir do "óbvio ululante", já que um aparelho adquirido em 2016 não tem mais o mesmo valor. Frisou também que, levando-se em conta a velocidade da evolução tecnológica, não havia razão para comprá-lo se havia dificuldades para colocá-lo em operação.

 

Indicação

Coube ao PCdoB indicar ocupantes de cargos da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, onde estava lotado o servidor Andrey Roosewelt Chagas Lemos. Ele foi exonerado por ter se responsabilizado por uma apresentação de teor erótico em evento do Ministério da Saúde.

Cargos

Formado em História, funcionário público de carreira desde 2015 e doutorando de Medicina Social da Uerj, Lemos também ocupou cargos de confiança nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Ele era diretor de Prevenção e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.

20 mil em risco

Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) estima que 14 brasileiros vivem em Israel e seis mil em territórios palestinos. Em carta ao Itamaraty, destacou a importância de garantir a segurança de todos eles.

Folgão

O feriadão e a viagem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) indicam que a semana será de pouco trabalho para os deputados. Não há votações em plenário previstas até amanhã. O primeiro-vice, Marcos Pereira (Repub-SP), diz que tudo vai depender do quórum.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.