Manobra de partidos de esquerda na votação de requerimentos que repudiavam o ataque do Hamas se transformou num problema para o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), primeiro vice-presidente da Câmara. Representantes de partidos conservadores passaram a ver com desconfiança sua pré-candidatura à Presidência da Casa, reclamam de sua suposta aliança com a esquerda.

Líderes partidários aceitaram votar em bloco 16 requerimentos que pediam moção de repúdio à atuação do grupo palestino. Mas deputados do PT, PCdoB e PSB apresentaram outra proposta, que incluía também o repúdio à violência ao Estado de Israel. Votado com os demais, o requerimento foi inserido no documento.

A direita passou a dizer que havia sido enganada, induzida ao erro, pediu que Pereira anulasse a votação. Ele, porém, alegou que não havia o que fazer. A sessão foi suspensa; em nova reunião de líderes a esquerda discordou da anulação. E ficou por isso mesmo, vale o aprovado.

Para um líder de partido conservador, Pereira poderia ter dado um jeito de anular a votação. O vice-presidente da Câmara é bispo licenciado da Igreja Universal que, em sua sede carioca, expõe uma maquete de Jerusalém que tem 730 metros quadrados.

Relator da Proposta de Emenda Constitucional da reforma tributária, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) promete para o dia 24 a entrega do seu relatório. A votação na Comissão de Constituição e Justiça seria no dia 7; logo em seguida, a proposta iria para o plenário. Se tudo correr como previsto, diferentemente do que aconteceu na Câmara, os senadores terão tempo para avaliar as propostas.

Mas ainda há muitas dúvidas sobre o que vai ser colocado no relatório. Além das exceções à regra geral de tributação, ainda não se chegou a um consenso sobre o Conselho Federativo que trataria da distribuição do imposto para estados e municípios.

Presidente do Instituto Atlântico, o economista Paulo Rabello de Castro fez chegar a alguns senadores a proposta de não respaldar a criação do conselho, que foi centro de muita briga entre estados quando a PEC foi examinada na Câmara dos Deputados.

Para Rabello de Castro, o melhor e mais simples seria criar uma câmara de compensação, um órgao técnico, sem viés político, que faria a distribuição do dinheiro de maneira eletrônica, com base no que vai ser determinado pela reforma e por sua regulamentação.

O Comando Militar do Leste não respondeu se a 1a Região Militar apura ou apurou o caso do equipamento de R$ 2,575 milhões comprado pelo Hospital Central do Exército em 2016 e que, pelo menos até junho, ainda não havia sido instalado por falta de local adequado.

À coluna o CML frisou que o Ministério Público Militar não encontrou indício de crime militar no episódio e que não há novas informações. O promotor Soel Arpini, porém, recomendara que o Exército investigasse a ocorrência de eventual "transgressão disciplinar".