Por: Fernando Molica

Livrarias para surfar na onda da lista do Jabuti

Aproveite para deleitar-se com os títulos dos 10 finalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti | Foto: Divulgação

Quer ler um bom livro brasileiro e tem dúvidas sobre qual escolher? Vale dar uma olhada na relação de semifinalistas do Prêmio Jabuti, divulgada na semana passada.

A lista é bem variada, inclui desde livros de ficção (contos e romances) para adultos, jovens e crianças, crônicas, poesia e obras mais focadas no jornalismo e em ciências sociais. 

O número de indicados — dez por categoria — pode gerar dúvidas em leitores que não acompanham o dia a dia do mercado editorial. E não é fácil ficar a par do que é lançado, a diminuição dos custos de produção viabilizou dezenas e ótimas editoras independentes.

Como qualquer lista, a do Jabuti não representa necessariamente o que de melhor foi publicado por aqui em 2022, mas dá uma boa ideia da variedade e força dos nossos autores.

As mudanças no mercado do jornalismo impresso acabaram com os antigos cadernos literários, o que afetou principalmente a análise crítica da produção nacional. Um grande jornal brasileiro costuma publicar apenas uma resenha de livro de ficção por semana: este ano, 70% delas tratam de livros estrangeiros.

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Aproveite para deleitar-se com os títulos dos 10 finalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti | Foto: Divulgação

Nesse contexto, vale muito recorrer à lista do Jabuti. O mais interessante é usá-la não de maneira determinista, mas como referência. Vale dar uma pesquisada  na internet sobre os livros, ler comentários dos leitores.

É importante, principalmente, conversar com os livreiros, donos e funcionários de livrarias que têm o maior prazer de fazer indicações de acordo com as expectativas de cada leitor; eles adoram a tarefa.

Quem não está acostumado a frequentar livrarias pode se sentir meio intimidado com o ambiente, com aqueles milhares de livros expostos, com um certo ar de sofisticação intelectual que emana daqueles locais. Besteira: livrarias são acolhedoras, donos e funcionários são pessoas prontas para ajudar, conversar. E ainda há a certeza de que o cliente jamais será importunado por algum vendedor interessado em empurrar essa ou aquela publicação. 

Todas as livrarias merecem uma visita, nelas você conseguirá conversar sobre os livros da lista do Jabuti, sobre outras obras. Mas seguem algumas dicas: na Folha Seca, na rua do Ouvidor, procure pelo Rodrigo Ferrari ou pelo Miguel Rêgo; na tijucana Casa da Árvore, fale com o Dudu Ribeiro ou com o Fábio Brito.

No Méier fica o sebo Belle Époque, por lá, o Ivan Costa terá o prazer de falar de livros e ainda propor uma cerveja no bar ao lado. Na Janela Livraria (Jardim Botânico e Shopping da Gávea), as indicações ficam por conta do livreiro Rodrigo Batista. Fora a rede Travessa, que, mesmo todo seu crescimento, mantém a aura de livraria de rua e dispõe de ótimos vendedores-livreiros.

Serviço: Clique aqui para ver os títulos dos finalistas

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