A oposição quer aproveitar ao máximo a fala em que Lula comparou as ações terroristas do Hamas aos ataques feitos à população civil de Gaza por Israel. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), diz que as declarações tiveram caráter antissemita e reforçaram o que classifica de má vontade do presidente em relação ao Estado judeu.

"As imagens mostram que ele (Lula) estava babando de ódio quando comparou Israel ao Hamas", diz o parlamentar, que planeja organizar atos de repúdio à fala.

Sóstenes, que é pastor, divulgou uma nota de repúdio ao discurso do presidente assinada pelo Grupo Parlamentar Brasil-Israel e pelas Frentes Parlamentares Evangélicas do Senado e do Congresso Nacional.

A nota diz que o governo deveria "criticar e exigir o fim do terrorismo" mantido pelo Irã. Frisa que a entrada do país islâmico no Brics — grupo de nações emergentes — foi apoiada pelo Brasil. Ressalta que Israel é o único país do Oriente Médio que garante liberdade religiosa.

Sóstenes afirma não saber avaliar se a reação de Lula foi em parte motivada pelo fato de Jair Bolsonaro ter participado em ato na Câmara ao lado do embaixador de Israel, Daniel Zonshine. Segundo ele, o ex-presidente foi convidado por parlamentares, não pela embaixada.

A insistência do prefeito Eduardo Paes (PSD) de indicar o aliado Pedro Paulo (deputado federal) para ser seu vice na campanha de reeleição incomoda muita gente. No universo político, a avaliação é de que Paes, pré-candidato ao governo do estado em 2026, quer, com a chapa, ser governador e prefeito ao mesmo tempo.

O PT, que já se comprometeu com a reeleição do prefeito, pressiona para indicar o companheiro de chapa de Paes. São citados nomes como os de André Ceciliano, secretário Especial de Assuntos Federativos; Diego Zeidan, filho do deputado Washington Quaquá; e de Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

Na próxima semana, a bancada do PDT na Câmara terá um novo encontro com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O tema será o mesmo do anterior, no fim do mês passado: mais cargos no governo, de preferência, outro ministério.

Pedetistas alegam que seu ministério, da Previdência, não propicia trabalhos nas cidades capazes de gerar votos. Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes é filiado ao PDT, mas pertence à cota do senador Davi Alcolumbre (União-AP).

A indefinição de uma alíquota para o imposto que será gerado pela reforma tributária é talvez o maior problema que será enfrentado para sua nova aprovação na Câmara. O governo fala em 27,5%, mas a Secretaria Estadual de Fazenda do Rio estima algo em torno de 39%.

Setores da oposição temem que o governo, pressionado pela contínua queda na arrecadação de impostos, inverta o processo. Ao invés de trabalhar com uma alíquota fixa, faça uma conta de chegada e procure receber o valor necessário para fechar seu balanço.