O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), disse, na quinta-feira (16), que "não está tudo certo" na sua relação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e fez críticas à postura política de seu ex-ministro. "Não está tudo certo. Eu não mando no Tarcísio. Ele é um baita de um gestor. Politicamente dá suas escorregadas. Eu jamais faria certas coisas que ele faz com a esquerda", disse Bolsonaro em entrevista à rádio Gaúcha.

O ex-presidente contemporizou dizendo em seguida que os governadores dependem do governo federal e não podem se afastar dele. Mas disse que, se fosse ele, não apareceria em uma foto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As informações são de Caue Fonseca (Folhapress).

"Eu não tiraria [a foto]. Aí eu sou radical. O que eu tenho a ganhar com Haddad, meu Deus do céu? O que eu tenho a ganhar com o pior prefeito de São Paulo." A então mais recente crise pública entre os dois foi em julho por conta da articulação da Reforma Tributária.

Apesar de este ser o principal desentendimento, outras situações já geraram atritos entre Tarcísio e a base bolsonarista, como a relação com o presidente Lula (PT), o espaço dado no governo e o pragmatismo diante de políticas públicas vistas como progressistas.

Depois de se reunir com ao menos cinco cotados, o presidente Lula (PT) está inclinado a indicar Paulo Gonet Branco como próximo procurador-geral da República. De acordo com a jornalista Julia Chaib (Folhapress), o petista deu a indicação em reuniões com aliados nesta semana. A expectativa no Planalto é que ele bata o martelo até a próxima semana. A chefia da PGR está ocupada interinamente pela subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal. Augusto Aras, que ocupou o cargo por dois mandatos, deixou o posto em 26 de setembro.

Gonet é apoiado pelos ministros do STF, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, e consta como um dos favoritos na disputa. Lula chegou a ouvi-lo em setembro, quando também teve encontro com o subprocurador Antonio Bigonha, que tem apoio no PT.

Após os encontros, o presidente pediu mais sugestões aos auxiliares por não ter saído decidido. Lula então se reuniu com os subprocuradores Carlos Frederico, Aurélio Rios e Luiz Augusto Santos. Após as conversas, demonstrou a ter afunilado a decisão entre Gonet e Bigonha.

O presidente Lula sancionou, nesta quinta-feira (16), em cerimônia no Palácio do Planalto, o Projeto de Lei, aprovado no Congresso, que regulamenta a profissão de sanitarista. O texto estabelece o tipo de formação exigida para o registro profissional na área.

Além disso, o PL define as atribuições, que incluem, por exemplo, atuação no planejamento, gestão, avaliação e monitoramento de políticas públicas, riscos sanitários e vigilância em saúde. Os profissionais deverão respeitar os princípios éticos da profissão e as diretrizes do SUS.