Por: Fernando Molica

Correio Nacional | Deputados querem liberação de emendas para votar

Pautas econômicas ainda estão na fila | Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Quem conhece bem a Câmara avalia que a demora para se chegar a um acordo para a votação de temas econômicos importantes está relacionada ao motivo de quase sempre: a demora do governo em liberar o dinheiro das emendas parlamentares.

A entrega dessas verbas é obrigatória, mas o Palácio do Planalto tem como controlar o ritmo dos pagamentos — geralmente, fica mais generoso nas vésperas de votações importantes. Como a grana vai para todos os parlamentares, governistas e de oposição, o uso do conta-gotas é o única maneira de tentar conquistar a simpatia dos donos dos votos.

"É retaliação mesmo", define o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Segundo ele, até colegas petistas estão reclamando.

 

Empenho

Dados do Portal da Transparência, mostram que o governo empenhou — reservou dinheiro — para quitação de R$ 30,932 bilhões relativos a emendas parlamentares. Deste valor, apenas R$ 17,074 bilhões (55% do total) haviam sido pagos até a tarde de ontem.

Atraso

Para 2023, a previsão do gasto com emendas é de R$ 46 bilhões — ainda é preciso empenhar 32% do total. O atraso não é novidade: em 2022, último ano de seu mandato, Jair Bolsonaro pagou apenas 66% dos R$ 25,458 bilhões dos R$ 25,458 bilhões que haviam sido reservados.

PSB quer que Cappelli substitua Dino na Justiça

Siqueira falou com Gleisi Hoffmann sobre ministério | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Presidente do PSB, Carlos Siqueira disse ao Correio que o partido quer que Ricardo Cappelli assuma o Ministério da Justiça no lugar de Flávio Dino, indicado para o Supremo Tribunal Federal.

Afirmou que bancada do partido vai oficializar esta posição e que ontem, em conversa com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), deixou clara a reivindicação.

Siqueira também se reuniu ontem com Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça. Assim como Dino, Cappelli é filiado ao PSB. No início do ano, ele foi interventor no Distrito Federal. Apesar do pedido, Siqueira ressalvou que a decisão caberá ao presidente Lula.

Eleições

Acompanhada do senador Humberto Costa (PT-PE), Gleisi foi ao PSB para tratar de acordos entre os dois partidos nas eleições municipais. De acordo com Siqueira, são muito grandes as chances de a esquerda fazer alianças em 2024, mesmo no primeiro turno.

Tabelinha

Segundo o presidente do PSB, o apoio a Eduardo Paes no Rio vai depender de um acordo para que o PSD (partido do prefeito carioca) fique ao lado de João Campos, que tentará a reeleição em Recife. Não descarta uma aliança com Tarcísio Motta, provável candidato do Psol.

O dono da vaga

Por falar no Rio: apesar da insistência do PT em emplacar o candidato a vice-prefeito na chapa de Paes, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) tem dito a aliados que a vaga será dele. Paes quer deixar o cargo com o aliado para, em 2026, candidatar-se ao governo do estado.

Moteleira

Em audiência com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, na Comissão de Assuntos Sociais, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) se definiu como "moteleira", dona de motel. Na campanha à Presidência, ela disse que o estabelecimento era de seu marido e de seu filho.

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