Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO NACIONAL | Petistas tentam mudanças no ministério de Lula

Dias: prestígio em queda dentro do PT | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Muita gente no PT quer aproveitar a provável ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal para forçar mudanças em outros ministérios e não apenas no da Justiça. Na avaliação desses petistas — em especial aos ligados à CNB, principal corrente do partido —, alguns ministros não conseguem fazer com que boas iniciativas ajudem a melhorar a popularidade do governo.

Na lista está Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, que cuida do Bolsa Família. A queixa é de que medidas como os R$ 150,00 adicionais para crianças e os R$ 50,00 para os que têm até 18 anos não repercutiram. Pior, muitos beneficiados estariam confundindo as medidas com o auxílio emergencial criado no governo Jair Bolsonaro.

 

Discreta

Caciques ressaltam que os benefícios são tão importantes se refletiram no aumento do consumo das famílias detectado no PIB. Há insatisfação também com a discrição de Nísia Trindade, mantida na Saúde por Lula apesar da tentativa do Centrão de ficar com seu cargo.

Na lista

A lista inclui nomes volta e meia citados como passíveis de demissão: o petista Rui Costa (Casa Civil), Luciana Santos (PCdoB, ministra de Ciência e Tecnologia) e Silvio Almeida (Direitos Humanos). Como deixou claro em seu encontro em Brasília, o PT quer mais poder.

Tudo certo na Câmara, diz integrante do governo

Lira prometeu a Lula colocar pra votar a tributária | Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Apesar da insatisfação de deputados com a demora na liberação de dinheiro das emendas parlamentares, integrante do governo diz que a situação está sob controle. Ressalta que o Planalto ganhou as votações mais importantes, que tratam de temas econômicos. Afirma que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se comprometeu em votar a reforma tributária na próxima semana.

Ele minimiza a quase derrota do governo em projetos como o que queria urgência para votação da revogação do decreto de Lula que limita armas e munições. "Eles fazem pressão por recursos, mas a gente ganhou no que é importante", frisa.

PL foi pra Caixa

Bolsonarista e líder da oposição, o PL não vai admitir, mas topou incluir dois nomes entre os novos vice-presidentes da Caixa. O governo conta, mais uma vez, com os votos dos, em tese, dissidentes do partido na nova votação do projeto da reforma tributária.

PSB 1

Representantes do PSB estiveram com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição em 2024, e com Tarcísio Motta (Psol), que tenta articular uma frente de esquerda para a disputa. A decisão sobre apoio vai depender do diretório nacional do partido.

PSB 2

O estatuto do PSB determina que, em cidades com mais de 200 mil habitantes — onde pode haver segundo turno —, esse tipo de decisão passa pela direção nacional. A aliança no Rio vai depender do apoio à reeleição do prefeito de Recife, João Campos.

Momento ruim

O vexame do Botafogo no Brasileirão repercute no seu plano de sócio-torcedor. Até outro dia, o Camisa 7 reunia quase 65 mil pessoas: o fracasso fez com que mais de quatro mil torcedores cancelassem suas inscrições, mesmo tendo que pagar multa contratual.

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