Pressionado pelo pouco tempo para votações importantes, o governo acelerou o pagamento de emendas parlamentares. Dados do Portal da Transparência mostram que, nos nove primeiros dias do mês, foi liberado mais R$ 1,6 bilhão para obras e serviços indicados por deputados e senadores. O valor total chegou, no último sábado, a R$ 20,053 bilhões, 64% do previsto.

Apesar da generosidade, muita gente no Congresso — em especial, na Câmara — reclama. Eles dizem que o governo é lento não apenas no pagamento de emendas, mas em praticamente tudo, inclusive nas nomeações. Lembram que o novo presidente da Caixa foi empossado há mais de um mês e até agora não foram definidos seus 12 vice-presidentes.

A mesma demora se repete nas nomeações para cargos nos ministérios e em órgãos nos estados. Ainda sobre emendas: no dia 20 termina o prazo para o governo reconhecer a validade de emendas que não ainda não foram pagas. Isso garante sua validade em 2024.

Por falar em pagar: a prefeitura do Rio repassou, enfim, a primeira parte da subvenção das escolas de samba do Grupo Especial. A falta de dinheiro estava fazendo muita gente arrancar os cabelos e já complicava o andamento dos trabalhos na Cidade do Samba.

Lula (PT) atuou como mediador na reunião entre as principais lideranças de Alagoas em torno da tragédia provocada pela Braskem. Para esfriar os ânimos entre governo do estado e prefeitura de Maceió, disse que o mais importante é resolver a situação dos moradores.

O presidente disse que vai conversar com a direção da Braskem para tratar de indenizações e de obras de reparação e que a Procuradoria-Geral da República deverá entrar no caso. Recebeu o pedido de construção de 2,6 mil unidades do Minha Casa, Minha Vida e se comprometeu a liberar bolsa emergencial de R$ 2,640 mil a seis mil pescadores da Lagoa Mundaú.

Apesar de momentos de tensão em torno, principalmente, do acordo entre a prefeitura e a Braskem, a reunião terminou bem. Adversários, Lira e Renan chegaram a dialogar. O senador admitiu não insistir com a instalação de uma CPI caso tudo seja resolvido

A principal disputa é entre o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), aliado do senador Renan Calheiros (MDB), e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O embate passa pela eleição para a prefeitura em 2024.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) diz que os 15 integrantes da bancada de seu partido votarão a favor da indicação de seu aliado Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal. Governistas estimam que ele será aprovado por entre 50 e 52 dos 81 senadores.

Líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ) prevê que, na sabatina de hoje, Dino será o foco de senadores, especialmente da oposição. "O (Paulo) Gonet (indicado para a PGR) será esquecido", diz. Ele reclama do formato da sessão: senadores farão perguntas em bloco.