Por: POR FERNANDO MOLICA

Correio Nacional: Sóstenes: emendas dificultam a vida do governo

Sóstenes Cavalcante: ou vai ou racha | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Uma das principais lideranças da bancada evangélica na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirma que, com o aumento das emendas parlamentares ao orçamento, a tarefa de governar vai ficar mais difícil para o Executivo. "Praticamente não haverá orçamento para ser executado pelo governo, não sobrará quase nada", diz.

Segundo o deputado, a transferência, para emendas parlamentares, de recursos previstos para programas sociais como Farmácia Popular e Auxílio Gás não repercutirá negativamente para deputados e senadores. "Essas políticas públicas sempre caem na conta do governo federal, de maneira favorável ou desfavorável. A população tende a culpar os políticos como um todo", analisa.

 

Vitórias de Lira

Sóstenes relativiza vitórias do governo como a reforma tributária e a taxação das apostas on-line. Para ele, esses triunfos são, principalmente, do presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL). "Se dependente apenas do governo, esses projetos não teriam passado", frisa.

Uniões

Para o deputado, uma federação entre PP, Republicanos e União Brasil não deverá acontecer em 2024, ano de eleições municipais. Mas avalia que a polarização entre PT e PL tende a diminuir o espaço de outros partidos, o que estimularia uma união no futuro.

De férias, Dino faz campanha por aliado na Justiça

Unidos: Cappelli com o futuro ministro do STF | Foto: José Cruz/Agência Brasil

Futuro integrante do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino evita tratar publicamente do assunto, mas, nos bastidores, tem feito campanha para que Ricardo Cappelli herde sua cadeira de Ministro da Justiça. Antecipada pelo Correio Nacional, sua decisão de tirar férias a partir de ontem está relacionada à campanha para que o ocupante do segundo posto do ministério — e, agora, ministro em exercício — seja escolhido pelo presidente Lula.

Ao longo dos últimos dias, Dino fez com que Cappelli ficasse sob os holofotes: coube a ele anunciar o lançamento do aplicativo Celular Seguro e comentar a prisão do miliciano Zinho, ocorrida no Rio.

A fila andará

Por falar nisso: no Ministério da Justiça não há dúvida de que a prisão do mais poderoso chefe de milícia do Rio vai ter mais consequências. É raro que chefes desse tipo de organização criminosa cheguem à cadeia e possam falar sobre o crime — costumam ser mortos antes.

Segurança

A ênfase em ações na área de segurança é estratégica na campanha para a promoção de Cappelli. Integrantes do PSB ressatam que, nas últimas décadas, o Ministério da Justiça perdeu muito seu papel político e institucional e ganhou força no combate ao crime.

Pós-Lira 1

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) diz que é muito cedo para discutir a sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara — a eleição será em fevereiro de 2025. Para ele, é preciso ver o que vai acontecer no Congresso ao longo do próximo ano e nas eleições municipais.

Pós-Lira 2

Zarattini não descarta nem mesmo a possibilidade — tida como improvável no universo político — do lançamento de um petista ao cargo. "Dependendo da situação política, da evolução das brigas, um candidato do PT pode ser um fator de conciliação", prevê.

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