Por: Fernando Molica

Correio Nacional | Ida de Cid Gomes para o PSB estremece relação com PDT

Senador se filiou ao PSB em ato neste domingo | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A decisão do senador Cid Gomes (CE) de trocar o PDT pelo PSB teve um efeito de terremoto num ano de eleições municipais. Motivada por divergências com o irmão Ciro, a saída de Cid do barco pedetista inviabiliza algumas alianças, especialmente no Nordeste.

Em Fortaleza, o senador defende o apoio ao candidato petista à prefeitura, que ainda não foi definido. Uma aliança com o prefeito José Sarto — exigida por seu partido, o PDT — foi descartada pelo PSB. Em Recife, o PT deverá ficar com a vaga de vice na chapa de João Campos (PSB), que tentará a reeleição. A atual vice-prefeita, Isabella de Roldão, é pedetista.

A briga entre os irmãos está relacionada a questões regionais e nacionais — Cid defendia uma aproximação com o PT, descartada por Ciro desde as últimas campanhas para presidente da República.

 

Sem união

Marcada para fevereiro, a filiação do senador também sepulta, por enquanto, uma federação entre o PDT e o PSB. A formalização do grupo facilitaria a superação, em 2026, da cláusula de barreira, a exigência de um percentual mínimo de votos na eleição para a Câmara.

Brasil afora

Dirigentes dos dois partidos ainda avaliam como ficará a situação em outras capitais do país em 2024, como nos casos de Porto Alegre e Belo Horizonte. Em São Paulo, o PSB lançará a deputada Tabata Amaral à prefeitura; o PDT apoiará Guilherme Boulos (Psol).

MP e vetos de Lula derrubam tranquilidade do recesso

Pacheco vai decidir se devolverá medida provisória | Foto: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress

A medida provisória editada pelo governo no fim do ano e os vetos de Lula à Lei de Diretrizes Orçamentárias não deixaram a temperatura esfriar no recesso do mundo político. Governistas falam em negociação, têm esperança de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não devolva a MP, que trata, entre outros pontos, da diminuição das contribuições previdenciárias de 17 setores da indústria.

Na próxima semana, Pacheco se reunirá com líderes de todos os partidos. Líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes defende a devolução da MP. Alega que a medida trata de três temas e que, portanto, "não tem foco".

Desrespeito

Diz também que a MP desrespeitou decisão do Congresso Nacional, que aprovou projeto prorrogando a chamada desoneração para 17 setores da economia e, depois, derrubou o veto de Lula à proposta. "É uma falta de respeito e de sensibilidade", classifica.

Queda geral

O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) afirma que a tendência é de devolução da MP para o Planalto — sua rejeição sumária por Pacheco. Aposta também na derrubada dos vetos de Lula, entre eles, à obrigação de pagamentos de emendas parlamentares até junho de 2024.

Briga no STF 1

A Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça — ambos do Estado do Rio — apresentaram seus argumentos no Supremo Tribunal Federal em torno da possibilidade de a Polícia Militar controlar o acesso de adolescentes às praias cariocas para impedir arrastões.

Briga no STF 2

Defensores alegam que a medida impede o ir e vir e contraria julgamento do STF, que rejeitou revogação de artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente. O TJ, que autorizou a ação da PM, alega respeitar a decisão superior e que a Defensoria não é parte no processo.

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