Há cerca de dois meses, ao ser consultado pelo presidente Lula (PT), o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) disse que não via problemas em ter a ex-senadora Martha Suplicy como sua companheira de chapa na disputa pela prefeitura de São Paulo. Na conversa, Boulos afirmou que a escolha do candidato a vice era uma prerrogativa do PT.

O Correio Nacional apurou que, no Psol, a indicação de Martha não chega a despertar entusiasmo — mas mesmo os que não gostaram entendem que o mais importante é vencer a eleição.

Ex-petista, ela rompeu com o partido, votou pelo impeachment de Dilma Rousseff e, até terça, integrava a administração do atual prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição.

Um integrante da cúpula do Psol disse que, de um modo geral, a chapa foi bem recebida, vista como prova de que o partido vai jogar pra vencer. Citou que pesquisas internas mostram que, entre os últimos prefeitos da cidade, a ex e futura petista tem a melhor avaliação.

A ida de Martha busca amenizar a identificação de Boulos com propostas radicais. Mas não há certeza de que ela agregará votos à chapa. Segundo o dirigente, pesquisas mostram que, lá, Lula, Fernando Haddad e o governador Tarcísio de Freitas é que puxam votos.

A Justiça Militar aceitou denúncia da 2ª Procuradoria de Justiça Militar no Rio contra dois militares do Exército, um tenente-coronel e um segundo sargento. Eles são acusados de, entre 2016 e 2020, terem desviado toneladas comida do Centro Tecnológico do Exército. Os desvios geraram um prejuízo estimado em R$ 3,1 milhões.

Segundo a denúncia, em 2020 o oficial foi flagrado quando transportava quentinhas no seu carro. Ele também é acusado de, por quatro meses, ter desviado comida para alimentar funcionários de uma obra em sua casa. No ano seguinte, alimentos dentro do prazo de validade foram encontrados num caminhão de lixo que deixava a unidade.

O procurador Lucas Rocha Furtado quer que o Tribunal de Contas da União seja investigue a ida, em novembro, de assessores do ministro Márcio Macêdo, secretário-geral da Presidência, para Aracaju. Eles teriam ido participar do carnaval antecipado da cidade.

A emissão de passagens aéreas com dinheiro público teria motivado o pedido de demissão de Maria Fernandes Coelho, que ocupava o segundo cargo da pasta. Segundo o MP, ela não concordou com o pedido do ministro. Petista, Macêdo deve disputar a prefeitura de Aracaju.

Deputado federal, Washington Quaquá (PT-RJ) ironizou a notícia de que o músico Márcio Lima Sampaio, filho da ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi nomeado secretário de Cultura de Cabo Frio (RJ). Isso, um mês depois de a pasta destinar R$ 55 milhões para a cidade.

"E (ela) não é política", comentou Quaquá. Ano passado, ele chegou a defender a entrega da pasta para um indicado pelo Centrão: Nísia foi para o ministério na cota pessoal de Lula. A notícia foi publicada na coluna de Cláudio Magnavita, no Correio da Manhã.