Em conversa com o Correio Nacional, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, evitou demonstrar decepção com a ida de Ricardo Lewandowski para o lugar de Flávio Dino: "Frustrado? Não, a gente só se decepciona quando tem expectativas. Não pedimos nada, não somos proprietários de nenhum ministério", afirmou.

O partido deverá ser desalojado de quatro secretarias, entre elas, a executiva. O ocupante deste que é o segundo cargo da pasta, Ricardo Cappelli, chegou a ser indicado pelo partido para ocupar o lugar de Dino.

Em dezembro, Siqueira chegou a alertar para o risco de uma desestruturação no MJ com a eventual saída dos correligionários. Dino, que vai para o Supremo Tribunal Federal chegou a tirar férias que seu subordiano ficasse sob os holofotes.

Siqueira aprovou a decisão de Cappelli de não assumir a Secretaria de Segurança Pública, o que representaria um rebaixamento de posto. Disse que ele aceitaria permanecer como secretário-executivo, mas Lewandowski quer nomear alguém de sua confiança.

O presidente do PSB não descartou a possibilidade de Cappelli, ser candidato ao governo do Distrito Federal ou de tentar vaga no Senado. Carioca e jornalista, ele trabalhou com Dino no Maranhão, com quem foi para o governo federal. "Espero que ele fique em Brasília", afirmou.

Siqueira minimizou eventuais prejuízos à candidatura da deputada Tabata Amaral (PSB) à prefeitura de São Paulo pela provável decisão de Marta Suplicy de ser vice na chapa de Guilherme Boulos (Psol). A parlamentar tenta se apresentar como alternativa à polarização entre aliados de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL).

Ele revelou gostar muito de Marta, contou que jantou com ela no domingo, quando ela lhe informou do encontro que teria com Lula no dia seguinte. "A ida dela é importante, mas ninguém vota no vice", ressalvou.

Para ele, Tabata fará um jogo de ganha-ganha. "Qual seria o prejuízo de ela, uma jovem, obter entre 10% a 15% dos votos?", questionou.

Pré-candidato a prefeito do Rio pelo Psol, o deputado federal Tarcísio Motta citou, em conversa por Whatsapp, a deputada estadual Martha Rocha (PDT) em resposta à pergunta sobre quem seria "a sua Marta". "Quem sabe minha Martha não é a Rocha? Rs", escreveu.

Depois, disse que tem falado sobre eleições com ela e com o presidente do PDT, ministro Carlos Lupi. "O PDT está no governo (Eduardo) Paes, mas não tem compromisso firmado para as eleições, afirmou. Em 2020, Martha foi terceira colocada na disputa pela prefeitura.

Prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado deve trocar o PL pelo PSD, ligado ao governo federal, para disputar a reeleição. O deputado Dr. Serginho (PL) deverá ser seu adversário. A prefeita é que deu emprego para Márcio Sampaio, filho da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Um dos articuladores da ida de Magdala para o PSD, o deputado Washington Quaquá, vice-presidente do PT, evitou ontem tratar do caso da ministra. "Estou em retiro espiritual", brincou. Depois, mandou foto dele e da mulher em Roma, ao lado do papa Francisco.