O governo federal vai publicar uma cartilha com informações sobre como prefeituras devem agir e requisitar ajuda em caso de emergência ou de calamidade pública. Preparada pela equipe de André Ceciliano, secretário especial de Assuntos Federativos, o documento lista dez órgãos de governo que podem ser procurados: cita, entre outras medidas, a entrega de um kit calamidade, instalação de abrigos temporários, recuperação de estradas e renegociação de dívidas.

Disponibilizado pelo Ministério da Saúde, o kit destina-se ao atendimento de 1.500 pessoas por um mês e é composto por 32 medicamentos e 16 insumos de assistência farmacêutica. O MS também pode ser acionado para fornecer equipe de apoio e uma Força Nacional do SUS para reforçar o atendimento médico.

A cartilha, de oito páginas, inclui links que devem ser utilizados para os pedidos de ajuda depois de a emergência ou calamidade ser reconhecida pelo governo federal. Ao Ministério da Integração podem ser pedidas ações de busca e salvamento e de remoção de escombros

Para ajudar na instalação e manutenção de abrigos provisórios, o Ministério da Assistência Social oferece cestas básicas e ajuda de até R$ 20 mil por grupo de 50 pessoas. Segundo a cartilha, o BNDES pode disponibilizar financiamento para retomada de atividades econômicas.

A reunião convocada pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), para discutir o combate ao efeito das enchentes teve caráter amplo, mas deixou evidentes divergências políticas. Aliado do presidente Lula, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), tratou de exaltar o governo federal.

Já o prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis (MDB), ligado a Castro, fez uma provocação: disse que todo o problema provocado pelos temporais na Baixada Fluminense seria resolvido com um investimento de R$ 4 bilhões por parte de Brasília.

O governo federal acenou com inclusão de obras no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), prometeu não discriminar opositores.

Se forem comprovadas, as acusações do ex-deputado Tony Garcia vão deixar Sérgio Moro e ex-procuradores da Lava Jato numa situação bem delicada. Ao Correio Nacional, Garcia disse que as mídias requisitadas pelo Supremo Tribunal Federal são explosivas.

Segundo ele, o material inclui muitas e muitas horas de gravações clandestinas que ele fez por determinação de Moro. Diz que era obrigado a andar com dois celulares ligados que transmitiam todas as suas conversas com adversários do então juiz federal.

Garcia afirma ter obtido com seu amigo Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, informações que seriam usadas por Moro e pelo Ministério Público Federal para incriminar governos petistas. Segundo ele, o deputado sabia que o material seria repassado para o juiz.

Anos depois, Cunha seria condenado pelo próprio Moro. Garcia sustenta que atuou como informante da Justiça para não sofrer retaliações por parte do magistrado. De acordo com ele, o material está no processo de que foi vítima, e que irá para o ministro Dias Toffoli.