Por: Fernando Molica

Correio Bastidores | Operação revela dificuldades de Carlos entre aliados

Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro em Angra dos Reis | Foto: Reprodução

A baixa popularidade do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) entre políticos do PL e de outros partidos de oposição ficou evidente ontem.

Os protestos contra a operação que mirou num dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro foram bem menos intensos do que os registrados, semana passada, quando a Polícia Federal revirou endereços ligados ao deputado Carlos Jordy (PL-RJ): isso, apesar de policiais terem entrado em casa de chefe do clã, em Angra dos Reis.

Até as 18h de ontem, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o líder do partido na Câmara, Altineu Côrtes, não tinham ido às principais redes sociais para tratar do assunto. Já o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ) fez um post, mas focou no ex-presidente: para ele, há o objetivo de mandar Jair Bolsonaro para a cadeia.

 

Briguento

Além dos atritos que gerou durante o governo do pai, Carlos comprou outra briga ao anunciar que será presidente do PL na capital fluminense: isso, antes de se filiar ao partido. Faz tudo com o aval de Bolsonaro, que continua a ser preservado em público por seus aliados.

Rede vazia

A tal pescaria que teria sido iniciada por volta das 5h de ontem e que reuniu Bolsonaro e filhos não deve ter sido produtiva. O site Tábua de Marés, especializado no tema, indicou que seria um pouco melhor lançar o anzol ou a rede até as 3h44, ou depois de 13h58.

Assessora alvo da PF tem salário de R$ 18,4 mil

Luciana Almeida trabalha na Câmara do Rio | Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Acusada pelo Ministério Público de ter pedido à Abin informações sobre inquérito que afetava a família Bolsonaro, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida teve direito, em dezembro, a salário bruto de R$ 18.460,28 na Câmara do Rio. O valor não inclui décimo terceiro e férias.

Segundo o site da Câmara, ela foi nomeada para o gabinete de Carlos Bolsonaro em 2021, mas, em seu currículo Lattes, afirma ter começado na Câmara em 2013, com jornada de 40 horas: a mesma que dedicava à Marinha até, pelo menos, 2018, quando atualizou seus dados. Em 2010, quando foi homenageada por Carlos, era tenente da Força. Formada e pós-graduada em direito, dá aulas em universidade particular.

Racha petista

O PT carioca, que jamais elegeu um prefeito da cidade, deve chegar rachado na eleição. Vice-presidente nacional do partido, o deputado Washington Quaquá reafirma o apoio à reeleição de Eduardo Paes (PSD), compromisso assumido por Lula na campanha de 2022.

Sem imagem

Em conversa com a coluna, o pré-candidato do Psol, Tarcísio Motta afirmou que, mesmo com aliança do PT com Paes, conta com apoio de Lula. Quaquá diz que o presidente tem autonomia, mas a lei não permite que sua imagem seja utilizada em duas campanhas.

Apoio ao Psol

Já o deputado Lindbergh Farias (PT) afirma que vai apoiar Motta, para que a esquerda chegue ao segundo turno com Paes "e tire a extrema direita do páreo". Afirma que o partido, no Rio, quase deixou de existir pelo tanto que se aliou ao MDB. "O cenário é preocupante", diz.

Gleisi quer a vice

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann não abre mão de seu partido indicar o vice da chapa de Paes, que, por sua vez, quer ter um companheiro de partido ao seu lado. Até para deixar seu cargo para um aliado quando, em 2026, deixar a prefeitura para disputar o governo.

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