Por: Fernando Molica

Correio Bastidores: Sorrisos, sorrisos; partidos à parte: PL espera Tarcísio

Troca de gentilezas irritou bolsonaristas | Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

PT, que nada: apesar do convite irônico e anônimo feito ao governador de São Paulo durante evento com Lula, Tarcísio de Freitas, deverá trocar o Republicanos pelo PL. Presidente do partido, Valdemar Costa Neto tem dito a aliados que a filiação deverá ocorrer ainda neste primeiro semestre.

Como o presidente da República deu a entender, Tarcísio é visto como um provável e forte candidato ao Planalto em 2026 — isto, se Jair Bolsonaro permanecer inelegível.

O governador, porém, enfrenta resistência de setores mais radicais, que não admitem qualquer gesto amistoso com os petistas, como os sorrisos trocados entre ele e Lula na sexta passada. Além disso, pessoas próximas a Tarcísio alegam que, se for para o PL, ele estreitará seu caminho e ficará amarrado ao bolsonarismo.

 

Regulamenta

Por falar nisso: entrevista à Record do deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, irritou a extrema direita. Ele defendeu a regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial. A Record é ligada à Igreja Universal, da qual Pereira é bispo licenciado.

Pontes

Pré-candidato à presidência da Câmara, Pereira tem feito pontes com o governo — passou a controlar o Ministério de Portos e Aeroportos, entregue ao deputado Silvio Costa Filho (PE). No Republicanos há bolsonaristas como a senadora Damares Alves (DF).

PDT e PSB desfilam dúvidas sobre permanência no bloco

Decisão do PSB foi vista como um ataque patrocinado pelo governo Lula (PT) | Foto: José Cruz/Agência Brasil

A queda de braço que envolve o eventual rompimento das bancadas do PDT e do PSB com o bloco parlamentar articulado por Arthur Lira (PP-AL) em 2023 terá novos capítulos na retomada dos trabalhos do Legislativo.

Pelo sim, pelo não, os pedetistas decidiram passar a se reunir todas as terças-feiras para avaliar sua relação com Lira e com o Planalto — consideram que foram escanteados na briga por cargos e emendas.

Integrantes dos dois partidos que querem deixar tudo como está ressaltam que não há opções para os rebeldes. Somadas, as bancadas têm 32 deputado; unidas, fariam o apenas o quinto maior bloco, o que se refletiria em menos cartos em comissões.

Sem saídas

A ida para o bloco do MDB, Republicanos, PSD e Podemos é encarada como troca de seis por meia dúzia. A união com o PL seria inviável e a migração para o grupo da federação PT-PV-PCdoB, vista como uma rendição ao pouco generoso Palácio do Planalto.

Vade retro

Ex-militante do PT nos tempos de estudante, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) hoje foge da estrelinha que usou no peito com a mesma ênfase com que, na sua igreja, trata de afastar o coisa-ruim. Outro dia, recusou mesa numa padaria carioca que tinha o número 13.

Discriminação

Outro problema em cinemas cariocas. O Ministério Público instaurou inquérito civil para apurar se a rede Cinemark desrespeita o decreto que determina instalação de assentos para pessoas obesas. A acusação é da Associação Juntos por um Mundo Inclusivo.

Tolerância zero

A Mangueira começou, semana passada, a entregar fantasias para integrantes de suas diferentes alas. Mas tratou de deixar claro: quem usá-las antes do desfile ou exibi-las em redes sociais ganhará um irrecorrível cartão vermelho e ficará de fora da grande festa.

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