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CORREIO BASTIDORES | Dia da Mulher e do anúncio do mandante do caso Marielle

Vereadora Marielle Franco teria sido alvo do espião | Foto: Reprodução

O governo federal quer aproveitar o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, para anunciar os nomes dos que, segundo a Polícia Federal, mandaram matar a vereadora Marielle Franco (Psol). O motorista Anderson Gomes também foi morto no crime, que completará seis anos em 14 de março.

A elucidação do caso é tida como questão de honra para o governo — há quase um ano, em 22 de fevereiro, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a abertura de um inquérito para apurar os mandantes.

Oficialmente, a PF entrou no caso para auxiliar a Polícia Civil do Rio, que, pela legislação, é responsável pelas investigações de homicídios. Dois supostos executores já haviam sido denunciados pelo Ministério Público do Rio: os ex-PMs, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

 

Ligações 1

A proximidade do anúncio dos nomes dos que encomendaram a morte de Marielle provoca muita inquietação em setores importantes da vida fluminense. As investigações da PF mostraram ligações dos suspeitos com outros crimes e com políticos do Estado.

Ligações 2

O assassinato, em outubro, de três médicos no Rio, gerou o reforço do setor de inteligência da PF no Rio. Ao apurar a participação de milicianos no caso, os policiais encontraram evidências de ligações do crime organizado com o universo institucional do Rio.

Nunes Marques e Barroso irão ao camarote da prefeitura

Presidente do STF confirmou presença nas Campeãs | Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O camarote da prefeitura do Rio no Sambódromo terá entre seus destaques os ministros do Supremo Tribunal Federal Nunes Marques e Luís Roberto Barroso. O primeiro irá no Carnaval; o presidente do STF confirmou presença no Desfile das Campeãs.

O bloco da Justiça que vai para o camarote organizado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) terá também ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal Superior Eleitoral.

Alguns dos que estarão na Avenida foram convidados, outros trataram de pedir inclusão de seus nomes na lista. O advogado advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também vai aparecer por lá.

PDT adia

A pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a bancada do PDT adiou para depois do Carnaval, a definição sobre sua saída do maior bloco parlamentar da Casa. O grupo foi formado no ano passado pelo próprio Lira, que tenta reverter o divórcio com o PSB.

Irritação

Quem esteve nos últimos dias com Lira diz que ele anda muito irritado. Além dos problemas internos, não consegue disfarçar o descontentamento com o governo, exposto na Câmara na segunda-feira e no ofício que ele enviou para a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Inquietações

No ofício, Lira cobra explicações sobre atrasos na liberação de emendas parlamentares. Ao partir para a briga aberta, Lira provocou inquietações até entre aliados: dos seis líderes que também assinaram o documento, alguns são de partidos da base do governo.

Constrangidos

Segundo um deputado governista, o presidente da Câmara, com a iniciativa, criou constrangimentos para alguns dos signatários do documento. As verbas que, segundo Lira estão represadas, são referentes ao antigo orçamento secreto, interditado por decisão do STF.

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