Ex-assessora de Marielle Franco, Rossana Brandão Tavares afirmou, ao depor nas investigações, que a vereadora "não gostava de mexer" em questões fundiárias. Isso, segundo ela, "por temor (pela temática espinhosa)" e pelo fato de seu mandato ter "pouca conexão" com questões habitacionais.
No trecho do depoimento reproduzido no relatório da Polícia Federal, Rossana disse que, para Marielle, o assunto "se tratava de um verdadeiro 'vespeiro', já que notadamente milicianos tinham interesses em tal temática". Ela classificou de "discreta" a atuação da parlamentar em relação ao tema.
No relatório, a PF sustenta, baseada na delação premiada do assassino confesso Ronnie Lessa, que as atitudes de Marielle em relação a ocupações de terras foram decisivas para seu assassinato.