Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Prates e a disputa de poder pelo controle da Petrobras

Presidente é alvo de fritura no governo | Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

A cúpula da Petrobras tem a certeza de que a fritura do presidente da empresa, Jean-Paul Prates, é motivada por uma disputa de poder. As divergências sobre distribuição de dividendos extraordinários seriam pretexto para justificar o processo de desgaste a que ele está sendo submetido. Em março, Prates defendeu a entrega aos acionistas de pelo menos metade dos dividendos, mas perdeu a disputa no governo.

Pessoas próximas a Prates ressaltam que, semana passada, pressionados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) aceitaram a tese da distribuição — como maior acionista, o governo ficaria com boa parte do dinheiro.

 

Ataques

A possibilidade de um acordo sobre os dividendos deveria, em tese, eliminar as pressões sobre Prates, mas não foi isso que ocorreu. Ele passou a semana passada sob ataque de Silveira — que admitiu publicamente as divergências com o executivo — e de Costa.

Exigência

"O Alexandre (Silveira) quer botar a mão na Petrobras", diz um aliado de Prates. Ressalta que, apesar de ter a confiança de Lula, o ministro insinuou apoio a Jair Bolsonaro caso o PT não o apoiasse na disputa pelo Senado em 2022. Apesar do acordo, ele perdeu a eleição.

Falta de apoio de Lula é motivo de desapontamento

Silveira admitiu divergências com Prates | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Segundo aliados, Prates procurou equilibrar interesses dos acionistas e do governo. Agora, está desanimado e, principalmente, decepcionado pela falta de apoio de Lula diante das críticas de Silveira.

Advogado e economista, filiado ao PT, ele era suplente da senadora Fátima Bezerra (PT-RN) no Senado — herdou a vaga quando ela assumiu o governo do estado.

Ele tem se queixado também da forma com que o processo de fritura tem sido conduzido dentro do governo. Na avaliação de amigos, a oposição feita por Rui Costa está relacionada a interesses regionais focados na Bahia — ele é ex-governador do estado.

Cães fora da lei

Deputado estadual, Carlos Minc (PT-RJ) diz que o ataque de três cães da raça pitbull à escritora Roseana Murray reforça o descumprimento de lei de sua autoria. A norma vale desde 1999 e foi regulamentada em 2005 pela governadora Rosinha Garotinho.

Restrições

A lei proíbe a comercialização, importação e criação de pitbulls no estado. Estabelece que esses cães e outros tidos como ferozes — especialmente das raças fila, doberman e rotweiller — só podem ser conduzidos por maiores de 18 anos e com enforcador e focinheira.

Esterilização

A lei e o decreto que a regulamenta também determinaram a esterilização de todos os pitbulls do estado e dos animais de raças derivadas. Os donos/tutores dos cães citados nas normas passaram a ser obrigados a indenizar eventuais vítimas de ataques.

Cobrança

O ataque à escritora — que teve braço e orelha amputados — ocorreu na cidade de Saquarema, no litoral fluminense. À coluna, Minc disse que cobraria do Ministério Público e à Políca Militar maior rigor na fiscalização da lei, que também proíbe pitbulls em praias.

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