Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o geólogo Rualdo Menegat diz que 70% dos danos causados pela enchente em Porto Alegre teriam sido evitados caso os sistemas de contenção administrados pela prefeitura tivessem funcionado. Segundo ele, faltou modernização e atualização de equipamentos e barreiras instalados na década de 1970.

Menegat aponta que houve rompimento de uma parte do dique que cerca parte da cidade — a estrutura tem um total de 65 quilômetros. Ressalta também falhas na vedação de comportas do Muro da Mauá, que protege a região central de Porto Alegre. Cita que falhas em diversas bombas impediram que a água da chuva que caiu na cidade fosse jogada no Guaíba.

Como a cidade é cercada pelo dique e pelo muro, o não funcionamento das bombas impediu que a água da chuva fosse drenada. Pior, com o aumento no nível do Lago Guaíba, os dutos que serviriam para escoar a chuva ajudaram a levar mais água para o centro.

Para Menegat, o sistema de proteção foi fragilizado a partir de 2017, quando a prefeitura extinguiu o Departamento de Esgotos Pluviais e suas funções foram absorvidos pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos. Procurada pela coluna, a prefeitura não se manifestou.

Procurados pela coluna, o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República, a Polícia Federal e a Secretaria Nacional de Políticas Penais não deram informações sobre os dez condenados pela intentona do 8 de Janeiro, que, segundo o portal UOL, quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do país.

A PF apenas informou que não cabia a ela cuidar dos condenados. Sequer respondeu se incluiu o nome dos foragidos na lista da Interpol. A PGR, também procurada, ficou em silêncio até as 18 de ontem — não revelou se tomaria alguma providência para acionar o Poder Judiciário. O STF não se manifestou.

A Senaffen disse só cuidar de presos em penitenciárioas federais. A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal afirmou não ser responsável pelo monitoramento de nenhum deles, que a tarefa era dos governos dos estados de origem de cada um deles.

Voos de ida e volta do Rio de Janeiro para Caxias do Sul, que fica a 130 quilômetros de Porto Alegre, eram oferecidos ontem por preços que variavam entre R$ 7.073 e R$ 3.030. O aeroporto local serve de alternativa para passageiros que iriam para a capital gaúcha.

A cobrança de impostos federais sobre compras de até US$ 50 (R$ 270) em sites estrangeiros — chineses, principalmente — divide o PT e o governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é a favor; mas colegas da Esplanada são contra; assim como deputados do partido.

Até o fim da tarde de ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentava articular algum consenso. As confederações da indústria, comércio e agricultura querem a taxação, alegam concorrência desleal. Mas parlamentares só pensam na reação de eleitores.