Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | CBF quer criar Disque Denúncia do futebol

Carlos Portinho sugeriu canal para receber acusações | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, aceitou sugestão do senador Carlos Portinho (PL-RJ) para implantar um Disque Denúncia no futebol brasileiro. Ele disse ao parlamentar que acionaria a diretoria jurídica e setor de controle de integridade da CBF para que sejam adotadas medidas que permitam a criação do serviço.

Integrante da CPI das Apostas, Portinho sugeriu a Rodrigues que fosse feito um convênio com o Disque Denúncia, organização civil que, no Rio, recebe informações sobre atividades criminosas e garante o anonimato dos denunciantes.

Na sessão de ontem da CPI, o promotor Fernando Martins Cesconetto, do Ministério Público de Goiás, apoiou a idéia de uma central de denúncias.

 

Investigação

Cesconetto integrou o grupo do MP goiano que apurou fraudes relacionadas a apostas em partidas de futebol realizadas no estado. Pela proposta de Portinho, o Disque Denúncia receberia informações sobre qualquer acusação de irregularidades relacionadas ao esporte.

Fechar a porta

Para Carlos Portinho, as sucessivas acusações de fraudes no futebol ligadas a apostas e falhas no sistema do VAR justificam a criação do Disque Denúncia. Para ele, é necessário "fechar a porta" desses problemas antes que seja preciso "fazer uma CPI por ano".

Juiz adia validade da MP que será devolvida por Pacheco

Pacheco anunciou que não aceitará limitação | Foto: Pedro França/Agência Senado

Como a coluna antecipou na tarde de ontem, o juiz Valter Antoniassi Maccarone, da 4a Vara Federal de Campinas (SP), atendeu a um pedido da Pirelli e adiou por 90 dias os efeitos da medida provisória que restringiu o uso de créditos do PIS/Cofins.

Mais tarde, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) anunciou que devolveria ao Planalto a parte da MP que trata da limitação do uso dos créditos. A MP determina que tais valores valeriam apenas para o pagamento de PIS/Cofins.

Na liminar, o juiz afirma que a MP trouxe um aumento indireto da carga tributária. Deve, portanto, obedecer ao princípio da noventena.

Imposição

Candidato à reeleição, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não jogou a toalha. Mas ele mas sabe que será difícil impedir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emplaque Ricardo Mello Araújo vice em sua chapa. Nunes e o MDB queriam um nome mais neutro.

Campo minado

Nunes queria fugir da polarização incentivada por Guilherme Boulos (Psol) e focar a campanha na gestão. A rejeição a Bolsonaro na capital paulista contribuía para isso. Marçal, as crises no governo Lula e até o desempenho da extrema direita na Europa minam esta idéia.

Efeito Marçal

Ao anunciar que será candidato a prefeito da cidade, o empresário bolsonarista Pablo Marçal (PRTB) complicou a vida de Nunes, já que ameaça conseguir os votos dos entusiastas do ex-presidente. Mello Araújo é coronel PM da reserva e ex-comandante da Rota.

Angra do ex

Rompido com o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB), Bolsonaro decidiu se empenhar pela vitória do empresário Renato Araújo (PL) na disputa de lá. E olha que Jordão até arrumou emprego para Wal do Açaí, ex-assessora virtual do ex-presidente.