CORREIO BASTIDORES | Governo e Congresso ampliaram isenções

Ao editar a medida provisória que restringiu o uso de créditos do PIS/Cofins, o governo alegou a necessidade de cobrir este rombo.

Por POR FERNANDO MOLICA

Ministro Vital do Rêgo criticou benesses

As dificuldades do governo para fechar o caixa contrastam com as isenções de impostos concedidas a diversos setores da economia. Ao analisar as contas da Presidência da República, o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União, constatou que, em 2023, o Tesouro deixou de receber R$ 518,9 bilhões — um crescimento (sem correção da inflação) de 8,2% em relação a 2022.

A lei aprovada pelo Congresso que renovou a diminuição de contribuições previdenciárias de 17 setores da economia e beneficiou 96% das prefeituras deve gerar, este ano, um buraco de R$ 15,5 bilhões. Ao editar a medida provisória que restringiu o uso de créditos do PIS/Cofins, o governo alegou a necessidade de cobrir este rombo.