Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) assumiu de vez o papel de grande responsável pelos relatórios dos projetos de regulamentação da reforma tributária. Passou boa parte do dia de ontem reunido com integrantes de um dos dois grupos que ele formou para tratar do tema, o que trata dos novos impostos.

Uma conversa com o outro grupo estava prevista para começar à noite. Esses outros deputados discutem o funcionamento do Comitê Gestor, que será responsável pela divisão dos valores arrecadados com estados e municípios.

O tema gerou muita controvérsia no ano passado, quando foi discutida e aprovada a emenda constitucional da reforma tributária — houve troca de acusações entre estados do Norte e Nordeste com os do Sul e Sudeste.

Nas reuniões com os dois grupos, Lira tem procurado buscar consensos que permitam uma aprovação dos projetos já na próxima semana. Depois de passarem pela Câmara, as propostas têm que ser enviadas para o Senado, que teria até o dia 17 para votá-las antes do recesso.

Na noite de terça, o presidente da Câmara reuniu quase todas as lideranças partidárias na residência oficial também para procurar agilizar o processo de votação da regulamentação. Ele trata o tema como a grande marca de sua gestão, que terminará no início de 2025.

Tutores de animais domésticos entraram na briga da reforma tributária. Apoiados por artistas, querem diminuição dos impostos para produtos e serviços ligados aos cuidados com seus pets, principalmente na área da saúde.

O deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), que integra um grupo de cinco deputados que cuida do assunto, afirma que um dos objetivos é equiparar a alíquota dos planos de saúde dos bichinhos com a que será cobrada no caso dos humanos: 60% do imposto cheio.

Ontem, o coordenador das articulações da chamada causa animal, Fred Costa (PRD-MG), esteve com os deputados que cuidam do relatório que trata dos impostos.

Pesquisa da Quaest encomendada por uma petshop on-line tem sido usada como argumento pelos defensores dos benefícios. Segundo o levantamento, o alto custo já fez com que metade dos tutores deixasse de dar assistência veterinária aos seus bichinhos.

O risco de a disparada do dólar aumentar a inflação foi o argumento decisivo de economistas para fazer com que Lula desse uma trégua em suas críticas ao Banco Central. Ele falou em responsabilidade com as contas públicas, música para os ouvidos do tal mercado.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que tem apoiado a bronca de Lula com o Banco Central, aprovou o tom mais tranquilo usado ontem pelo presidente. "Tem que dar uma baixada mesmo. Não pode ser todo dia, tem que achar o tom certo", argumentou.

Como a coluna antecipou no dia 12, a CBF vai criar uma Central de Denúncias para receber suspeitas e acusações de manipulação de resultados. Uma empresa foi contratada para criar o mecanismo. A decisão foi comunicada à CPI que apura maracutaias em jogos.