Resposta a um segundo pedido de informações protocolado pela coluna revela que o Ministério da Defesa (MD) omitiu informações sobre o custo da viagem, em outubro, de 109 pessoas da Escola Superior de Defesa para os Estados Unidos. O MD e outros órgãos do governo também não informaram dados sobre custos totais com transporte e diárias.

No primeiro questionário encaminhado com base na Lei de Acesso a Informações, o Correio Bastidores citou despesas da ESD, mas perguntou sobre o custo da viagem para os cofres públicos. O MD falou em despesa prevista de R$ 404 mil, mas não a detalhou. Apenas na resposta ao segundo pedido é que o MD revelou que o valor se referia apenas ao que será gasto pela ESD.

Perguntados sobre o custo do transporte aéreo, que será feito em avião da FAB, a assessoria de Comunicação e o Serviço de Informações ao Cidadão do MD disseram que isso deveria ser revelado pela Força. Procurada, a FAB, porém, afirmou que a resposta cabia ao MD.

O MD também não revelou o valor das diárias que serão pagas a 56 dos 62 militares que viajarão. Já o Ministério da Gestão disse que cabia ao MD informar essas despesas. A lista de alunos da ESD que viajará inclui dezenas de civis, entre eles, servidores do Executivo.

Estimativas feitas pela coluna indicam que, só com o pagamento de sete diárias a cada um dos 106 brasileiros que viajarão (há três estrangeiros no grupo), diferentes órgãos públicos gastarão cerca de R$ 1,5 milhão — foi tomada como referência tabela do governo federal.

O gasto com combustível do avião da FAB ficaria em torno de R$ 495 mil — isto, se a aeronave ficar por lá durante toda a programação. Se voltar ao Brasil e retornar aos EUA, o valor seria dobrado.

Os dados do MD e os cálculos da coluna indicam que diferentes órgãos públicos gastarão até R$ 2,9 milhões com a viagem, que oferecerá cursos aos alunos da ESD.

Candidato do PP à prefeitura do Rio, o deputado federal Marcelo Queiroz recorre à lógica aritmética para tentar caracterizar sua candidatura como de centro. Afirma que tem propostas típicas da esquerda e outras com a cara da direita. Na média, ele estaria no meio.

O viés à esquerda seria caracterizado por sua ênfase no servidor público, vê exagero e falta de transparência na terceirização. À direita, protesta contra a existência de empresa municipal para gerir os BRTs, ônibus expressos. "A prefeitura não pode licitar pneus", diz.

A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, de bloquear as chamadas emendas PIX, objeto pagadores não identificáveis que caem em cofres municipais, não supreende quem o conhece. Há muito tempo que ele criticava a farra das emendas.

O senador Sérgio Moro (União-PR) reconheceu no X (ex-Twitter) que errara ao publicar que a boxeadora argelina Imane Khelif era transsexual. O ex-juiz classificou de "pequena retificação" o ato de corrigir o erro de dizer que ela, nascida mulher, tinha sido homem.