Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Eleição: copo do PT mais vazio do que cheio

Maria do Rosário é uma das esperanças petistas | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Setores do governo e do PT avaliam que candidatos bolsonaristas a prefeituras serão vitoriosos em muitas cidades, principalmente no Sul e no Centro-Oeste, regiões onde ex-presidente venceu em 2022. São áreas também onde o agronegócio é muito forte.

Como prêmio de consolação, petistas avaliam que o resultado não será tão ruim quanto o de 2020, quando o partido não elegeu sequer um prefeito de capital.

Há expectativa de que PT possa eleger até dois prefeitos, entre eles, em Porto Alegre (RS) — a candidata do partido é a deputada Maria do Rosário.

Apesar da forte presença bolsonarista no estado, petistas têm esperança de eleger de quatro a cinco prefeitos em cidades médias gaúchas.

 

Nordeste

O PT também avalia ter boa possibilidade de eleger o prefeito de uma capital nordestina, especialmente em Teresina (PI), Fortaleza (CE) ou Natal (RN) — os candidatos são, respectivamente, os deputados Fábio Novo, Evandro Leitão e Natália Bonavides.

Sonho paulistano

A disputa que mais mobiliza Lula é a paulistana, embora seu candidato, Guilherme Boulos, seja do Psol, e não do PT. Por lá, onde tende a ser mais evidente a polarização nacional, o candidato de Jair Bolsonaro (PL), também não é do seu partido, mas do MDB (Ricado Nunes).

MDB e a desconfiança de ação do Planalto pró-Datena

Apresentador é um dos líderes de pesquisa | Foto: PSDB

Por falar na eleição de São Paulo: tem gente no MDB que vê o dedo do Palácio do Planalto na articulação da candidatura do apresentador José Luiz Datena (PSDB). Isso, para que ele ajude a bater em Nunes, que tenta a reeleição — isso seria capaz de fazer o atual prefeito chegar ferido num segundo turno.

O problema é que, de acordo com a última pesquisa Genial Quaest, Datena está tecnicamente empatado com Nunes e Boulos: seria capaz de conseguir votos que, em tese, iriam para os dois, em tese, favoritos.

A divulgação, hoje, de pesquisa do Datafolha tende a deixar a situação mais clara. E à noite tem debate na Band.

Na chuva

Outro problema é que quem acabou queimado foi o deputado Pedro Paulo (PSD), amigo de Paes que era favorito para vice. Para tentar amenizar o impacto de um vídeo íntimo que circulava pelo Rio, detalhes da vida pessoal dele foram divulgados — e ele ficou sem a vaga.

Paes é Paes

A decisão do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), de escolher para vice o deputado de primeiro mandato Eduardo Cavaliere (PSD) ainda gera muito ranger de dentes. "É o Paes sendo Paes", diz um aliado. Candidato à reeleição, prefeito tem fama de não respeitar acordos.

Reconciliação 1

Bem que a coluna destacou que, ao cantar música de Paulinho da Viola no show com Maria Bethânia, Caetano Veloso sinalizou uma reconciliação: eles não se falam desde 1996. Ontem, Paulinho postou no X mensagem de parabéns pelos 82 anos do amigo de juventude.

Reconciliação 2

Fez elogios ao colega, deixou abraço, usou a palavra homenagem. E publicou vídeo antigo em que cantam samba que o baiano compôs em 1968: a letra dá um viva ao portelense. A coluna torce pela reconciliação e espera que Paulinho cante "Desde que o samba é samba".