Em resposta a pesquisa feita pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), 83,73% de comandantes e de co-pilotos de companhias aéreas brasileiras disseram que já pegaram no sono de forma involuntária durante o trabalho: 61,32% afirmaram que a cochilada durou poucos segundos; 22,41% declararam que o episódio foi durante alguns minutos.

O levantamento revelou também que 83,97% dos pilotos relataram ter sentido, nos dois meses anteriores, sinais de fadiga por, pelo menos, uma vez a cada sete dias.

O trabalho do SNA está relacionado a mudanças na escala de trabalho dos aeronautas (pilotos e comissários), mais rígida desde 2019. Uma nova mudança tende a diminuir ainda mais o período de descanso das tripulações.

A pesquisa, com 1.285 comandantes e co-pilotos, revelou também que 63,19% deles declararam não se sentirem confortáveis em relatar casos de fadiga às suas empresas. Dos que responderam, 92,84% disseram que já deixaram de comunicar episódios de cansaço.

A maioria — 59,92% — afirmou ter reportado outros casos de fadiga às empresas. Desses, 56,38% disseram ter recebido algum tipo de resposta às suas manifestações. Dos que receberam retorno, porém, metade não ficou satisfeita com a posição recebida.

Feita no ano passado, a pesquisa é fruto da preocupação da categoria com mudanças propostas pela Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) para o RBAC (Regulamento Brasileiro da Aviação Civil) 117. Na avaliação do SNA, as alterações vão aumentar ainda mais os sinais de fadiga das tripulações.

Foi numa audiência pública realizada em junho para discutir as mudanças que um comandante da Voepass reclamou que a empresa pressionava funcionários para que fizessem jornadas extras.

Em outra resposta à pesquisa do SNA, 81% dos pilotoes afirmaram que suas empresas não faziam um bom gerenciamento dos casos de fadiga.

Caberá à Anac definir a nova regulamentação, mas isso não será tão simples: já foram encerrados os mandatos de dois dos cinco integrantes da agência. O do ex-presidente acabou em abril do ano passado e, até agora, o governo não fez indicação de um nome.

Aliados de Ricardo Nunes (MDB) comemoram um dado específico da última pesquisa feita pelo Datafolha: apesar de uma série de acusações contra ele publicadas nas últimas semanas, não houve aumento da rejeição ao prefeito de São Paulo, candidato à reeleição.

Segundo o levantamento, foi mantido em 24% o índice dos eleitores que não votariam de jeito nenhum no emedebista. No período, Nunes foi acusado de envolvimento com suposto desvio de dinheiro de creches e de já ter agredido a mulher, Regina Carnovale Nunes, em 2011.

Dois candidatos de Angra dos Reis (RJ) foram os primeiros a serem alcançados por uma ferramenta de inteligência artificial do Ministério Público do Rio que faz uma varredura na vida de candidatos. Com base no que descobriu, o MP pediu a cassação dos registros de ambos.