Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Unanimidade no STF enfraquece Congresso

Voto de Dino foi acompanhado por colegas | Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A unanimidade demonstrada pelo Supremo Tribunal Federal na condenação do atual modelo de emendas parlamentares prejudicou a argumentação de lideranças do Congresso de que o Judiciário vinha atuando como instrumento do Palácio do Planalto.

Até mesmo ministros indicados por Jair Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça, votaram com Flávio Dino para decretar a suspensão de pagamentos de emendas "Pix" e impositivas.

O resultado da votação diminui a força do Legislativo na negociação que busca uma alternativa que preserve o direito de parlamentares destinarem verbas para obras e serviços de sua escolha. A tendência é de que o Congresso seja obrigado a entregar parte de seu poder.

 

Bife da paz

No início da noite de ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu sinais de que irá ao almoço, hoje, para o qual foi convidado pelo pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também foi chamado.

Bife salgado

Lira também teria uma conversa com o presidente Lula. A questão não é simples de ser contornada, já que o voto de Dino aponta para a inconstitucionalidade da mudança na Constituição que instituiu as emendas parlamentares de execução obrigatória.

Marqueteiros sugeriram boicote a debate com Marçal

Marçal não teve a companhia de três dos adversários | Foto: Reprodução/Youtube

Os marqueteiros das campanhas de Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (Psol) e José Luiz Datena (PSDB) tiveram um papel fundamental na decisão tomada pelos três de desistirem de comparecer ao debate de ontem, promovido pela revista Veja.

Na avaliação do trio de candidatos à prefeitura de São Paulo, uma atitude conjunta traria menos danos a todos e ajudaria a ressaltar o papel, que consideram incompatível com a disputa, do empresário Pablo Marçal (PRTB).

A questão agora é saber se eles exigirão a ausência de Marçal nos debates de TV. Como o PRTB não tem cinco deputados federais, emissoras não são obrigadas a chamá-lo.