O Comando da Aeronáutica se recusou a informar o custo e outros detalhes do transporte, em aviões da FAB, de 109 militares e civis que, entre 12 a 19 de outubro, participarão de cursos sobre defesa em Washington, nos Estados Unidos. O grupo inclui três estrangeiros.

Na negativa ao pedido, feito pela coluna com base na Lei de Acesso a Informações, a Aeronáutica alegou que "custos e as missões operacionais" de aviões da FAB são considerados "dados de acesso restrito, dadas as características de utilização militar das aeronaves".

Afirmou que o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro é isento da obrigação de publicar ou divulgar dados sobre sua organização e funcionamento. O Correio Bastidor recorreu da negativa.

A lista com os nomes dos passageiros foi divulgada, em junho, em portaria publicada no Diário Oficial. Eles são alunos e professores do Curso de Altos Estudos em Defesa, da Escola Superior de Defesa, instituição civil sediada em Brasília e subordinada ao Ministério da Defesa .

O Ministério da Defesa informara que caberia ao Comando da Aeronáutica divulgar o custo dos voos. Os dois órgãos sequer disseram quem arcará com as despesas de transporte. Cálculos feitos pela coluna indicam que o custo total da viagem chega a R$ 2,9 milhões.

A pesquisa Quaest que será divulgada hoje é aguardada com ansiedade pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição. A eventual confirmação do crescimento de Pablo Marçal (PRTB), detectado pelo Datafolha, vai gerar mudanças radicais na campanha, que se tornará mais agressiva.

Ontem, o comitê de Nunes já avaliava a possibilidade de ele comparecer ao debate da TV Gazeta, no próximo domingo. Ao participar do Roda Viva, na noite de segunda, Guilherme Boulos (Psol), também admitiu que poderá ir ao encontro — ele, Nunes e José Luiz Datena (PSDB) não foram ao debate da revista Veja.

Atitudes de Marçal nos dois debates anteriores fizeram com que outras campanhas apresentassem novas exigências aos organizadores dos encontros. Querem a expulsão de candidatos que desrespeitarem regras e a proibição de celulares no estúdio.

A campanha de Nunes já detectou casos de candidatos a vereador de partidos de sua coligação que pularam a cerca e começaram a ligar seus nomes ao de Marçal. O movimento é pequeno, mas tende a aumentar dependendo da evolução das pesquisas eleitorais.

Os incêndios fizeram com que muitos voos fossem cancelados e comprometeram a intenção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de fazer sessões presenciais nesta semana de esforço concentrado. Muitos deputados disseram que não tinham como ir a Brasília.

Não será supresa se Davi Alcolumbre, favorito para presidir o Senado, trocar o União Brasil por um outro partido. Isso, para facilitar a eleição de Elmar Nascimento (União-BA) para a presidência da Câmara. A mudança impediria que o partido ficasse com os dois cargos.