A bancada bolsonarista no Senado promete protocolar no próximo dia 9 o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O gesto ocorrerá dois dias depois do ato em protesto contra Moraes previsto para ocorrer em São Paulo.

Ao longo da semana, a oposição também quer protestar contra a decisão do ministro de bloquear o X, rede social do bilionário Elon Musk, no Brasil — a medida foi respaldada pelos outros quatro integrantes da Primeira Turma do STF.

Segundo o senador Carlos Portinho (PL-RJ) o protesto vai se concretizar com obstruções em trabalhos de comissões e no plenário, uma forma de pressão que também visa atingir o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Na avaliação da oposição, Pacheco é avalista do processo que permite um excesso de poder ao STF e uma diminuição do papel do Senado. Além do caso do X, senadores do PL reclamam do bloqueio de recursos da Starlink, outra empresa de Musk, determinado por Moraes.

A decisão do STF atinge a X Brasil Internet Ltda que, segundo seu CNPJ, está sediada em São Paulo. Desde o mês passado, a firma não tem um executivo no país. O artigo 1.134 do Código Civil exige, de empresas estrangeiras, "prova de nomeação do representante no Brasil".

A campanha do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, decidiu exigir que organizadores dos próximos debates impeçam a repetição do que houve domingo, na TV Gazeta: Pablo Marçal (PRTB) aproveitava a tela dividida com um adversário para fazer com os dedos o símbolo de sua campanha e para, com o movimento labial, pedir votos.

Nestes 30 dias de campanha ainda haverá, pelo menos, mais cinco debates. O confronto de anteontem foi marcado pela troca de ofensas entre os candiatos: o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e Marçal por pouco não chegaram a um confronto físico.

Baseados em pesquisa qualitativas feitas durante o debate, campanhas arriscam dizer que a agressividade até aqui demonstrada por Marçal indica ter ultrapassado alguns limites. As duas pesquisas quantitativas a serem divulgadas nesta semana vão tirar a dúvida.

No debate, Guilherme Boulos (Psol) falou três vezes o nome de sua candidata a vice, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Ressaltar a presença dela na chapa é uma tentativa de conquistar mais votos na periferia, onde Boulos tem maiores dificuldades para conquistar eleitores.

Com base em reportagem da revista piauí, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) protocolou na Procuradoria-Geral da República pedido de investigações contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Inquérito contra Lira foi arquivado pelo ministro Gilmar Mendes.

A reportagem cita que foi encontrada nota fiscal que indicaria o uso de dinheiro público para a compra de um terno para o presidente da Câmara. Braga acusa Lira de ser o responsável pelo processo de cassação de seu mandato que corre no Conselho de Ética da Câmara.