Ao anunciar, em almoço com alguns líderes partidiários, o apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) à sua sucessão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) tenta superar parte do impasse que paralisou a Casa.

Derrotado ao não conseguir forjar uma candidatura consensual — que seria a de Elmar Nascimento (União-BA) —, ele procura não ser atropelado por novos fatos. Esta semana, a disputa pela presidência e a discussão da anistia aos envolvidos com o 8 de Janeiro vinham dificultando até mesmo a realização da reunião de todos os líderes.

Este outro encontro ocorreu no fim da tarde com a presença do ministro Fernando Haddad. O tema foi a votação da redução de impostos para 17 setores da economia.

O almoço reuniu outros sete líderes, entre eles, Altineu Côrtes (PL-RJ) e Odair Cunha (PT-MG). O petista anunciou nas redes o apoio de Lira a Motta e disse que iria submeter o nome do paraibano à bancada. O PL vinha exigindo dos candidatos o apoio à anistia.

Antes rejeitado pelo Planalto, Elmar, rompido com Lira, esteve ontem com Lula — o deputado tem dito que vai manter sua candidatura. Semana passada, Motta é que esteve no Planalto. A confusão fez com que o PT acabasse virando um ator importante na disputa.

Apesar de registrarem uma grande diferença entre as intenções de voto de Guilherme Boulos para a prefeitura paulistana, as pesquisas AtlasIntel e Quaest divulgadas ontem indicam que o candidato do Psol não consegue crescer. Isto, quando comparado aos levantamentos anteriores dos próprios institutos.

Pelo AtlasIntel, ele tem 28 pontos (contra 28,5 em agosto); na Quaest, 21 contra 22). A maior preocupação é com quedas entre jovens e mais pobres, segmentos agora liderados, segundo a Quaest, respectivamente, por Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB). O risco de ficar fora do segundo turno passou a ser real.

Candidato do PP à prefeitura do Rio, Marcelo Queiroz não se conforma com o fato de Record, SBT e rádio Tupi terem cancelado seus debates — só haverá o da TV Globo. Diz que pretende liderar o Movimento dos Sem Debate. Segundo a Quaest, ele tem 1% das preferências.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) contabiliza 35 assinaturas ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele quer mais adesões para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que definirá os rumos do caso.

Ligado à onferência Nacional dos Bispos do Brasil, o Observatório da Comunicação Religiosa protesta contra a parceria entre a Canção Nova (TV ligada aos católicos carismáticos) e a produtora Brasil Paralelo, de direita. Alega que isso ameaça diretrizes da Igreja.

A Voepass informa que buscou a Justiça do Trabalho para que esta defina quem são os herdeiros de seus quatro tripulantes mortos no acidente com o ART-72-500, em agosto. Alega que só assim poderá fazer corretamente o pagamento das verbas indenizatórias.