A briga pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, disputas eleitorais municipais e mesmo o cenário para 2026 são o combustível dos ataques que nomes importantes do bolsonarismo passaram a fazer ao PSD.

O tiroteio resvala na candidatura à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, apoiada pelo partido presidido por Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Jair Boslonaro.

Capitaneado pelos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), o tiroteio ressalta que, dono da maior bancada no Senado, o PSD evita engrossar a lista de parlamentares que pedem a saída de Moraes.

Em vídeo publicado em redes sociais, Nikolas pede que eleitores de direita não votem em candidatos apoiados por dez senadores do PSD que, segundo ele, estão indecisos em relação ao impeachment. Ressalta também que o partido tem três ministérios no governo Lula.

PL e PSD apoiam os mesmos candidatos a prefeito em mais de 800 cidades do país; em 241, filiados dos dois partidos compõem a mesma chapa majoritária. Mas são adversários nas capitais de Minas e Goiás, estados de Nicolas e Gayer, e no Rio de Janeiro.

A rixa, porém, vai além de Moraes e de disputas municipais. Jair Bolsonaro nunca escondeu não confiar em Gilberto Kassab e teme que ele e seu partido se aliem ao PT na eleição de 2026.

Há também a possibilidade de Kassab ser candidato a vice-governador caso Tarcísio dispute a reeleição, o que diminuiria o poder da extrema direita na chapa. O governador teve um papel decisivo no apoio do PL à reeleição de Nunes.

Sempre disposto a enxergar traições em qualquer movimento que considere menos ortodoxo de aliados, Bolsonaro estimula o ataque ao PSD para tentar manter a direita unida em torno de si.

Os ataques ao PSD ocorrem num momento delicado da campanha em São Paulo, em que pesquisas divergem sobre uma queda de Pablo Marçal (PRTB), apoiado por muitos setores do bolsonarismo. Nikolas já disse que Nunes não tem "conexão" com a direita.

Como diziam os repórteres esportivos, Gusttavo Lima é dúvida para o próximo Rock in Rio. O cantor sertanejo teve sua prisão decretada pela Justiça de Pernambuco, acusado de usar seu avião para ajudar dois foragidosa ficarem fora do país. O caso envolve uma casa de apostas.

Os dois fugitivos, José André da Rocha Neto e sua mulher, Aislla Rochaar, estiveram no aniversário do cantor, na Grécia. Entre os convidados estavam também o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

Na época, o STF informou que Marques, que estava em Roma, foi convidado a ir até a Grécia no avião de Gusttavo, mas acabou acomodado no jatinho de Fernando Oliveira Lima, o Fernando OIG, do One Internet Game. O ministro não respondeu se é amigo do empresário.