O aumento de roubos — de automóveis, em transportes coletivos, em ruas — ajuda a explicar o porquê de a violência ter se transformado em tema importante na campanha eleitoral no Rio. Trata-se de um tipo de crime sentido de maneira direta pela população.

Só no mês passado, os roubos de veículos subiram 52% em relação a agosto do ano passado em todo o estado.

Nos oito primeiros meses deste ano, o crescimento desses casos no estado foi de 23,3% — 29,7% na capital — na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Na Tijuca, bairro da Zona Norte da capital do estado com muitos moradores de classe média, houve uma disparada de 135,5%. Por lá, houve mais 54,7% de roubos em coletivos.

Compilados e analisados pelo CESeC — Centro de Estudos de Segurança e Cidadania -, os dados também trazem números positivos: nos mesmos oito meses, houve queda de 12,7% nos homicídios dolosos e de 25,8% nos casos de mortes por intervenção policial.

Mas também nesses casos há ilhas de violência: homicídios cresceram em bairros como Campo Grande (68,2%) e municípios como Itaperuna (46,7%) e Queimados (24,5%). No bairro do Recreio dos Bandeirantes, as mortes por policiais subiram 54,5%.

Coube ao Senado retirar do projeto das bets um artigo que limitava a propaganda das casas de apostas.

Relator do projeto na Câmara, o deputado Adolfo Viana (PSDB-BA) havia incluído na proposta enviada pelo governo emenda que restringia "horários, programas, canais e eventos para veiculação de publicidade e propaganda de apostas para evitar que sejam divulgadas a menores de idade".

De acordo com o que foi aprovado pela Câmara, o assunto deveria ser regulamentado pelo Ministério da Fazenda, "incentivada a autorregulação". Senadores, porém, trataram de amenizar as limitações.

O texto que acabaria aprovado e, depois, sancionado pelo presidente Lula em dezembro passado, é bem genérico. Prevê que regulamentação da publicidade das bets não deverá ter "crianças e adolescentes como público-alvo" e deverá ser destinada para adultos.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) diz que ele e o colega Eduardo Girão (Novo-CE) tentaram restringir ainda mais a proposta vinda da Câmara para proibir até a propaganda em estádios. Mas aceitaram a proposta de aguardar a autorregulamentação do Conar.

Mas, para Portinho, as normas do Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária não são suficientes e é preciso maior restrição. Defende também a suspensão das bets até o pagamento das outorgas e a publicação de portarias de regulamentação.

Neguinho da Beija-Flor recebeu R$ 10 mil da campanha de reeleição do prefeito de Nilópolis, Abrãao David Neto (PL). Ele partipou da gravação do jingle de campanha, uma adaptação do sucesso "Ser humano", de Claudemir, Marquinho Índio e Mário Cleide.