Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Resultado do Datafolha anima campanha de Boulos

Candidato prefere enfrentar Marçal no segundo turno | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A pesquisa Datafolha foi muito comemorada entre aliados de Guilherme Boulos (Psol). Isso, não apenas pela liderança numérica: 26% contra 24% dos dois principais adversários na disputa da prefeitura paulistana.

O resultado aponta para a possibilidade de, num segundo turno, ele enfrentar Pablo Marçal (PRTB), rejeitado por 53% dos eleitores. O índice dos que não votariam no psolista é de 38%; em Ricardo Nunes (MDB), 23%.

Outro ponto é o crescimento limitado de Tabata Amaral (PSB), de 9% para 11%, o que fortalece a ideia de voto útil e indica a incapacidade de ela se aproximar dos líderes.

Para o Psol, o enfrentamento com Marçal viabiliza uma frente democrática como a alardeada na eleição de Lula, em 2022.

 

Apoio

Há no Psol a convicção de que Tabata, fortalecida, vai impor mais condições para declarar apoio a Boulos no segundo turno. Mas o partido confia na influência de Geraldo Alckmin, vice-presidente, que é do PSB. Uma disputa com Marçal também a deixaria sem outra opção.

Desastre

Na campanha de Nunes, o resultado do Datalha foi considerado desastroso. Ele caiu de 27% das preferências para 24%, enquanto Marçal subiu de 21% para 24%. Estão empatados até numericamente, mas o emedebista exibe tendência de queda; e o oponente, de ascensão.

Rejeição de bolsonaristas a Nunes preocupa MDB

Bolsonaro e Nunes: aproximação não deu liga | Foto: Reprodução/Redes sociais

A adesão de muitos bolsonaristas a Marçal e não a Nunes é vista, entre aliados do atual prefeito, como fator decisivo para sua eventual derrota.

Nunes acreditava que o apoio da extrema direita chegaria naturalmente depois de o PL inviabilizar a candidatura de Ricardo Salles, mas não contava com o candidato do PRTB.

O prefeito resistiu à indicação do coronel Mello Araújo, que acabou imposto por Jair Bolsonaro. No início da campanha, ainda tentou evitar uma identificação excessiva com o ex-presidente.

Como a coluna frisou ontem, muitos bolsonaristas, entre eles, políticos, trataram de migrar para Marçal.

Arrependimento

Muita gente no PT se arrepende de o partido não ter apoiado a reeleição do prefeito Fuad Atala (PSD), de Belo Horizonte. O Datafolha registra que ele subiu três pontos e agora está empatado com Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL), todos com 21%.

Patinação em BH

Candidato do PT em BH, o deputado federal Rogério Correia patina com 6% das preferências e está numericamente em sexto lugar. Ele não foi capaz de unir eleitores de esquerda, que, segundo o Datafolha, dão 9% de intenções de voto para Duda Salabert (PDT).

Executivo

O modelo do avião, A319CJ, é configurado para uso executivo, com menor número de assentos. Para aumentar sua autonomia, tem um tanque de combustível extra no compartimento de bagagens, o que gerou ainda mais demora para o retorno ao aeroporto.

Voo curto

Por não ter sido projetado para fazer longas viagens, o avião presidencial, um Airbus 319, não tem capacidade de alijar combustível enquanto voa. O mecanismo de descarte evitaria parte do sufoco passado pela comitiva presidencial na volta da Cidade do México.