Integrante da CPI que apura manipulação de jogos, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) foi ao Ministério da Justiça pedir que as investigações sobre fraudes no futebol sejam federalizadas.

Ele disse ao secretário-executivo da pasta, Manoel Carlos de Almeida Neto, que a pulverização de inquéritos nos estados dificulta as apurações.

Alegou também a existência de indícios de crimes financeiros, de competência da Polícia Federal, como lavagem de dinheiro. Ressaltou também que a lei que regulamentou as casas de apostas é federal.

À coluna, Portinho afirmou ser necessário criar um grupo tático para investigar crimes que vão muito além das das divisas do estados e que afetam todo o país.

O senador frisou que haveria três mandados de prisão contra o empresário William Rogatto, que depôs na CPI e confessou ter participado de manipulação de jogos, subornado jogadores e árbitros. Mas os senadores não sabem em que tribunais estão os processos.

Para ele, até mesmo a ida de integrantes da comissão a Portugal — onde Rogatto disse estar — depende de mais informações, até mesmo da confirmação de sua localização. Segundo o senador, o empresário indica querer fazer uma delação premiada.

Apesar de ter defendido um limite de três debates no segundo turno, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em São Paulo, já trabalha com a ideia de ir a quatro confrontos.

Além do da Band (previsto para ocorrer na noite de ontem); haveria um na quinta (promovido por Folha de S.Paulo, UOL e Rede TV); outro no sábado (Record e jornal Estado de S.Paulo) e o da Globo. Ele não deverá comparecer a um quinto, que seria promovido pelo SBT.

Ontem, Nunes não teve agendas externas, dedicou-se à preparação para o confronto da noite, especialmente para perguntas sobre o apagão na cidade.

Apesar da promessa de Lula de se dedicar mais à campanha de Guilherme Boulos (Psol) em São Paulo, nada foi marcado. Há expectativa de participação do presidente em evento na sexta ou no sábado. O tempo é curto: no início da semana, Lula viaja para a Rússia.

Mesmo com uma eventual sucessão de apagões será muito difícil destronar o diretor geral da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, Sandoval de Araujo Feitosa Neto, que tem mandato até 2027. A lei protege muito os diretores de agências reguladoras.

A lei do impeachment prevê oito crimes de responsabilidade capazes de justificar a retirada de presidente da República, ministros do governo ou do Supremo Tribunal Federal ou do procurador-geral da República. Entre eles, o desrespeito a decisões judiciais.

Diretores de agências reguladoras só perdem o emprego em caso de condenação definitiva na Justiça ou em processo administrativo. Não podem exercer atividades em que haja conflito de interesses e são proibidos de militarem na política ou em sindicatos.