Advogado de Guilherme Boulos (Psol-SP), Francisco Almeida Prado Filho disse que vai levar à Justiça o erro de transcrição cometido pela defesa do governador Tarcísio de Freitas em documento entregue à 1a Zona Eleitoral de São Paulo.

Segundo ele, o fato é relevante e precisa ser corrigido. Boulos, candidato derrotado à prefeitura paulistana, processa Tarcísio por abuso de poder político na eleição.

Como o Correio Bastidores revelou ontem, houve uma alteração em frase dita por Tarcísio no dia do segundo turno. Ele interrompeu uma repórter que falava de uma suposta interferência do PCC na eleição de Santos (SP) para dizer que o mesmo tinha ocorrido na capital: "Disseram que era pra votar no outro (Boulos)".

No documento entregue à Justiça, os advogados de Tarcísio informaram que a frase foi: "Disseram que não era para estar votando hoje". A mudança omite que o governador tomou a iniciativa de tocar no assunto da suposta ordem do PCC para que Boulos fosse votado.

Um dos advogados contratados por Tarcísio, Marcelo Toledo classificou a mudança de erro na transcrição, até porque, frisou, todos sabem o que foi dito. Segundo ele, não há necessidade de correção e que o fato não altera o teor da defesa e a tese que será lançada.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que fez uma tabelinha com John Textor, dono do futebol do Botafogo, para viabilizar a prisão, em Dubai, do empresário William Rogatto, o "Rei do Rebaixamento". Em depoimento dado por vídeo, do exterior, à CPI que apura fraudes em resultados, ele admitiu que atuou para subornar atletas e árbitros.

Portinho disse ter usado contatos no meio do futebol (advogado, já defendeu vários clubes) para monitorar Rogatto, que saiu da Espanha em direção aos Emirados Árabes Unidos. Textor também atuou para descobrir os caminhos do suspeito, que tem três mandados de prisão.

O senador contou que acionou a Polícia Federal e pessoas em Dubai — não revelou detalhes destes contatos — assim que soube da viagem de Rogatto. Agora, aguarda sua extradição, que já foi pedida pela PF, para negociar um acordo de delação premiada.

Passada a eleição municipal, o ex-deputado André Ceciliano (PT-RJ) reassumirá o cargo de secretário de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal. Ele é um petista que tem bom trânsito com partidos conservadores.

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) quer mesmo fazer barulho para protestar contra a decisão da rede Carrefour de não comprar, para suas lojas francesas, carnes de países do Mercosul. Hoje, ele participará de almoço com a Frente Parlamentar da Agropecuária.

A França compra apenas 1% das carnes exportadas pelo Brasil para a União Europeia, mas há o medo de o boicote se alastrar — seria justificado como retaliação ambiental. Daí a lembrança do projeto de lei de Tião Medeiros (PP-PR) que restringe acordos internacionais.