Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Boulos vai à Justiça contra erro de defesa de Tarcísio

Transcrição errada foi revelada pela coluna | Foto: Leandro Paiva/Divulgação

Alertados por notas publicadas pelo Correio Bastidores no dia 25, advogados de Guilherme Boulos (Psol) foram à Justiça Eleitoral para corrigir transcrição de fala do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) incluída em ação de abuso de poder político.

Candidato derrotado à prefeitura paulistana, Boulos quer a inegibilidade do governador de São Paulo. Isto porque, no dia do segundo turno, ele revelou uma suposta ordem do PCC para votos fossem dados ao psolista.

A transcrição, feita pela defesa de Tarcísio, omite que foi ele que, em entrevista coletiva, citou a suposta atuação da facção na eleição da capital paulista. Os advogados do governador disseram que a iniciativa fora de uma repórter.

 

Mudança

Ao ser questionado sobre suposta atuação do PCC em Santos (SP), Tarcísio disse: "Isso aconteceu aqui, também, com o Ricardo (Nunes, do MDB). Disseram que era para votar no outro (Boulos)". A transcrição, porém, é outra: "Disseram que não era para estar votando hoje".

Alegação

Segundo os advogados de Boulos, a transcrição correta mostra que é inverídica a alegação de Tarcísio de que o assunto "foi trazido à baila" por iniciativa da jornalista. Reforçam também que ao tratar do tema, o governador não citou matéria jornalística sobre o tema.

Advogado de governador reconheceu alteração

Tarcísio falou que PCC apoiou Boulos | Foto: Reprodução/TV Cultura

A petição de Boulos foi protocolada dois depois da publicação das nota. Na última quarta, Ricardo Penteado, advogado de Tarcísio, foi ao TRE e reconheceu o erro.

Penteado reafirmou que o tema PCC foi levado à entrevista pela repórter (o governador, porém, é que falou do caso da capital).

No documento da defesa datado de 13 de novembro, advogados de Tarcísio afirmaram que reportagem publicada na véspera da eleição pelo site Metrópoles servira de base para o questionamento. A matéria, porém, não foi citada na entrevista.

No dia 25, Penteado dissera à coluna que não havia necessidade de comunicar o fato ao TRE.

Reforma 1

A descoberta de documento que indicaria um valor muito superior ao declarado para a reforma da casa de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ) preocupa alguns dos aliados do ex-presidente. Outros, porém, não enxergam maiores problemas no episódio.

Reforma 2

O primeiro grupo diz que se trata de um possível escândalo facilmente entendido pela população, o que é complicado. A outra ala, porém, alega que, assim como outros delitos de que Bolsonaro é acusado, trata-se um pecado comum entre brasileiros e, assim, absolvível.

Bola pro mato

Apoiado pela maioria dos deputados, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) tratou de tocar a bola pro lado e jogar pra frente a votação do pacote fiscal. Quer aumentar a pressão sobre o governo para que resolva os limites às emendas impostos pelo STF.

Deputado

E por falar no Supremo Tribunal Federal. O deputado Hugo Leal (PSD-RJ) continua inconformado com decisões da corte que, para ele, invadem a competência do Poder Legislativo. De acordo com ele, Flávio Dino, como ministro do STF, é um bom deputado.