A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, de, às vésperas do Natal, suspender o pagamento de emendas não chegou a surpreender, mas ao mandar investigar procedimentos adotados pela Câmara, ele botou fogo na casinha de Papai Noel.
É como se até as renas que puxam o trenó do Bom Velhinho tivessem ido para a churrasqueira: ele inviabilizou a distribuição de R$ 4,2 bilhões em presentes e acabou com as festas de fim de ano de muita gente.
Muitos deputados temiam que Dino não aceitaria o drible criado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a anuência do governo e de 17 líderes de bancadas. Mas ninguém esperava que o caso fosse parar na Polícia Federal.