Ao fim da gestão de Nísia Trindade no Ministério da Saúde, houve uma discreta queda no número de leitos de enfermaria fechados nos seis grandes hospitais federais do Rio.

Em 21 de março de 2024, o Correio Bastidores informou que o percentual de indisponibilidade era de 21,8% — ontem estava em 19,56%.

O destaque positivo é para o Hospital de Bonsucesso, que sofreu um incêndio em 2020. Há quase um ano, 44% dos seus então 412 leitos estavam interditados; ontem, apenas uma das atuais 423 vagas não podia ser utilizada (0,23% do total).

Em outubro do ano passado, a gestão do hospital foi repassada para o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), uma empresa pública federal sediada no Rio Grande do Sul.

O índice de interdição de leitos seria ainda menor se a prefeitura do Rio já tivesse terminado obras no Hospital do Andaraí, um dos dois da rede federal que passou a administrar. Nesta unidade, 40% dos leitos estão indisponíveis — sua emergência foi reativada no último dia 3.

De acordo com o Censo Hospitalar mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, a grande maioria dos leitos interditados no Andaraí será liberada até amanhã. Sem levar em conta esse hospital, o índice de interdição de vagas dessa rede federal cai para 12%.

A saída de Nísia Trindade do ministério deixou indefinida a situação de outros dois grandes hospitais da rede, herdada dos tempos em que o Rio era a capital do país.

Pelos planos da futura ex-ministra, o Hospital da Lagoa (que ontem estava com 27% dos seus 248 leitos interditados) passaria a ser administrado pela Fiocruz.

Já o Hospital do Servidores (19% de interdições ontem) iria para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela gestão de quase toda a rede ligada a universidades federais.

A unidade seria integrada à UniRio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Chateada com o processo de fritura a que foi submetida por Lula, a ainda ministra desconversou quando, na terça, o presidente disse que poderia lhe oferecer um cargo fora do país. Nísia disse que, agora, só pensa em tirar férias. Ela é funcionária pública desde 1987.

Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) diz que o MDB deu sinais de que topa abrir mão da presidência da Comissão de Constituição e Justiça. Desde que, em 2026, ano de eleições gerais, fique com o comando da Comissão de Orçamento do Congresso.

Sóstenes avisa que o PL vai exercer seu direito de presidir seis comissões na Câmara e o de fazer as duas primeiras escolhas. Ressalta que não participou de qualquer acordo para entregar a CCJ para o MDB. Diz que vai ouvir o partido antes de definir suas reivindicações.

Pastor, Sóstenes comemorou muito a goleada aplicada por seu aliado Gilberto Nascimento (PSD-SP) no neolulista Otoni de Paula (MDB-RJ) na disputa pela liderança da Frente Evangélica da Câmara: 117 votos a 61. Não faz tanto tempo, Otoni era bolsonarista.