Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | PL é contra cobrar imposto adicional de mais ricos

Lula entregou o projeto sobre mudança no IR | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O PL não irá apoiar a proposta do governo de aumentar a cobrança de imposto de renda para pessoas físicas que, de diferentes fontes, recebam mais de R$ 600 mil por ano.

A tributação, que iria variar de 2,5% a 10% (este percentual, para quem recebe acima de R$ 1,2 milhão anualmente), seria para compensar a isenção de quem recebe até R$ 5 mil por mês. Assalariados que têm renda entre este valor e R$ 7 mil seriam beneficiados com redução da alíquota.

Líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) disse à coluna que o PL defenderá a ampliação da isenção para R$ 10 mil. Mas o benefício, segundo ele, teria que ser bancado por um ajuste fiscal do governo, uma redução de suas despesas.

 

Sem aumentos

Frisou que o PL é contra qualquer aumento de impostos. Afirmou que a não taxação de dividendos — lucro de empresas repassado aos seus donos — é correta. Isso porque esses valores são resultado de atividade empresarial que paga impostos e gera benefícios sociais.

Vai passar

Já o dirigente de um importante partido do Centrão declarou ao Correio Bastidores acreditar na aprovação da isenção e da cobrança de imposto de renda dos mais ricos. "Ninguém vota contra um negócio desses. Ainda mais, perto de ano eleitoral", resumiu.

Bolsonaro e Sóstenes foram contra gesto de Eduardo

Eduardo gravou vídeo para explicar sua decisão | Foto: Reprodução/X

Sóstenes disse que, sábado retrasado, ele e Jair Bolsonaro tentaram convencer Eduardo Bolsonaro a não tomar a decisão de ficar nos Estados Unidos devido a uma suposta perseguição judicial.

Ele e o ex-presidente temiam uma repercussão negativa do fato, achavam que Eduardo poderia ficar com a pecha de fujão.

Neste fim de semana, porém, o líder do PL afirmou ter mudado de opinião. Segundo ele, o gesto confirmou o viés político da Justiça. Isto porque apenas depois de Eduardo anunciar o que fizera é que a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal disseram ser contra a apreensão de seu passaporte.

Inter travou Pix

Na noite de quinta, o banco Inter não completou transações de Pix determinadas por clientes empresariais. O processo parecia ser concluído, mas o dinheiro não saía da conta. O atendimento eletrônico dizia que o "time" estava atuando na correção "o mais breve possível".

'Oscilações'

Na manhã de sexta, a mensagem sobre o problema continuava a ser ouvida por clientes. Transferências determinadas na véspera não foram efetivadas. Uma atendente admitiu "oscilações" na rede e disse ser impossível creditar valores com a data de quinta.

Normalidade

Procurado pela coluna na manhã de sexta, o Inter admitiu "instabilidade pontual no PIX Inter Empresas" na noite anterior. Afirmou que a situação havia havia sido corrigida "na mesma data" e que "todas as funcionalidades" estavam operando normalmente.

BC calado

O Correio Bastidores contestou a resposta e manteve as perguntas sobre número de clientes prejudicados e quantias que não foram transferidas via Pix na noite de quinta. Também procurado, o Banco Central não respondeu aos questionamentos enviados.