Pelo jeito, além de imigrantes, o governo de Donald Trump também anda espantando turistas. Dados oficiais revelam que, no primeiro trimestre deste ano, o número de chegadas de estrangeiros nos Estados Unidos caiu 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A maior diminuição, de 26,7%, foi na chegada de mexicanos, mas houve também quedas significativas no desembarque de cidadãos de países não associados à imigração ilegal, como Alemanha (-20,5%), Espanha (-15,7%), Austrália (-13,4%) e Japão (-12,1%).

A percentual de brasileiros que chegou por lá aumentou 3,1% — presidente da Embratur, Marcelo Freixo atribui o crescimento pela atração representada pela Disney.

O maior aumento nas chegadas foi de argentinos — um pulo de 47,6%, sinal de recuperação econômica depois de um longo período de retração. Mas nossos vizinhos representam apenas 1,7% dos estrangeiros que foram para os EUA no período (brasileiros são 3,7%).

A vinda de cidadãos argentinos para o Brasil também explodiu no mesmo período — 96,2%, segundo a Embratur. Foram 1,982 milhão, 53,5% dos estrangeiros que vieram para país. O percentual de chegada de chilenos aumentou 29,8%; de americanos, 27,7%.

Os números mostram que, diferentemente do que ocorreu no caso de desembarques nos EUA, houve um aumento na chegada ao Brasil de turistas de países europeus como França (24,2%), Reino Unido (17,3%), Itália (12,2%) e Alemanha (9,9%).

Freixo diz que não dá para bancar que parte desses turistas trocou os EUA pelo nosso país — mas, para ele, os dados revelam que isso não pode ser descartado.

Dados para os próximos seis meses da plataforma ForwardKeys, que monitara viagens aéreas internacionais, indicam que a venda de passagens da Argentina para o Brasil subiu 119,8%; da Colômbia, 105,9%; do Uruguai, 84,1%.

Um novo round no estica e puxa em torno da anistia está marcado. Em conversa com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu para hoje uma definição sobre o encaminhamento a ser dado ao projeto.

Motta disse que pensaria no assunto na volta da viagem a Roma — ele integrou a comitiva do presidente Lula que acompanhou o sepultamento do papa Francisco. Sóstenes quer que o presidente da Câmara indique, pelo menos, um relator para o projeto.

O líder do PL disse a Motta que está impedindo atitudes radicais. Ressaltou que parentes de presos e parlamentares querem promover greve de fome e que deputados como Nicholas Ferreira (MG) ainda não estão fazendo campanha em redes sociais contra a demora.

Muita gente na Câmara torceu o nariz para o ofício em que Cristiano Zanin, do STF, diz que a Casa só pode suspender parte do processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), acusado de golpismo. O ministro passou a ser acusado de interferência no Legislativo.