A federação do União Brasil com o Progressistas desperta mais dúvidas do que entusiasmo entre parlamentares dos dois partidos. Há a certeza de que o grupo aumentou seu cacife, mas, ao mesmo tempo questões nacionais e regionais permanecem pendentes.

A maior delas envolve a manutenção da presença no governo federal, o comportamento das bancadas no Congresso e a decisão de quem apoiar em 2026. Há problemas internos, como a rasteira aplicada em Arthur Lira (AL), que esperava ser o presidente da federação.

As divergências também apontam para 2026. Governador de Goiás, Ronaldo Caiado é pré-candidato à Presidência; o senador Ciro Nogueira (PI) quer ser vice numa chapa de direita ao Planalto.

O caso da Paraíba ilustra bem as dificuldades regionais. No PP há pelo menos dois possíveis candidatos ao governo, o deputado Aguinaldo Ribeiro e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena. O nome do senador Efraim Filho já foi lançado por aliados do União Brasil.

Um deputado do PP que se classifca como moderado diz que não será simples a federação se desligar do governo federal. Seu partido ocupa o Ministério dos Esportes — destinatário de muitas emendas parlamentares — e a Caixa. O União comanda três ministérios.

Em evento do grupo Esfera, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que seu partido tinha sido convidado para participar da nova federação.

Apesar da ênfase, ninguém levou muito a sério a revelação. Mais uma vez, o X do problema envolve questões regionais.

No caso do MDB, um acordo com os outros dois partidos envolveria uma situação impensável, a convivência, sob um mesmo teto, de Calheiros e de Lira, ambos caciques em Alagoas e adversários ferrenhos.

O mais provável é que a federação de União e Progressistas estimule a formação de grupo nos mesmos moldes pelo MDB e Republicanos.

Ex-frade franciscano e um dos principais teóricos da Teologia da Libertação, Leonardo Boff aposta numa zebra amazônica para papa: o arcebispo de Manaus, Leonardo Steiner. Para Boff, o "clamor ecológico" favorece o xará, único cardeal que atua na região.

Colunista do Correio da Manhã, o teólogo ressalta que, além do Espírito Santo, a política tem muito peso nos conclaves que escolhem os papas. Para ele, que há anos se dedica a temas ecológicos, a Amazônia estará no centro dos debates em Roma — daí sua aposta.

A seleção brasileira usou camisas vermelhas em duas edições do torneio Sul-Americano. Em 1917, no Uruguai, o time teve que abrir mão do uniforme branco, mesma cor dos usados por argentinos e chilenos. Uma réplica da camisa vermelha está no Museu da CBF.

A outra partida com o uniforme com a cor que hoje gera tanta polêmica foi em 1937, na Argentina. Nossos craques tiveram que usar a camisa do Independiente. No jogo seguinte, vestiram azul e amarelo, já que precisaram envergar a casa do Boca Juniors.