Um amigo super querido, o grande jornalista Carlos Lemos, me dizia que um dos melhores programas da vida era prainha, depois uma feijuca, um sonequinha, uma namorada, um cineminha e depois cum chopinho. Tudo no diminutivo, posto que somos cariocas da gema. Jamais fizemos porque não aguento praia. Mas uma feijoada, com samba, batida de limão de boa cachaça e o mar de Copacabana é imbatível. A feijoada do Blue Note aos sábados é um programa imperdível
Assim fomos eu e Denise, minha amiga paulista que adooooora uma feijoada, conferir a do Blue Note. Chegamos cedo, por volta de uma hora e guardamos o lugar para o Jose Padilha, o maior sommelier de cerveja, e sua doce Luciana. O que foi ótimo porque fomos trocando impressões. Luciana e Denise pediram caipirinha de vodca e eu e Padilha de cachaça. A carta do Blue Note é bastante razoável.
A feijoada fica nos réchauds em um canto, com uma decoração que já nos anima. Nos réchauds, as carnes vêm separadas por temas: carne seca/lombo, rabinho e etc em outro, paio e linguiças. Feijão com tudo, feijão sem tudo, caldinho de feijão (que tinha o sabor mais concentrado dos três). Depois a couve, laranja, arroz farofa, linguicinha frita, bacon micro, aipim. E na verdade é, praticamente, salve-se quem puder resistir a tudo isso.
Cada um fez o seu de forma individual, ainda que tenhamos repetido. Fui de caldinho de feijão, lombo, paio, farofa, bacon. Denise prefere carne-seca com couve. Luciana colheu de tudo um pouco e Padilha fez também caldinho de feijão. Tudo estava muito para todos.
Ah! E o samba???? O samba é de mesa, praticamente sem som, fica lá fora para se apreciar a brisa do mar. Vai percorrendo o ótimo repertório, enquanto se joga conversa fora como gostamos em momento de lazer e preguiça. E ai ,lembramos de Vinicius de Moraes: merecemos o melhor porque era sábado.
SERVIÇO
BLUE NOTE RIO
Av. Atlântica 1910 - Copacabana
De terça a quinta (17h às 0h30), sextas (17h às 2h), sábados (12h às 2h) e domingos (12h às 23h)