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Na contramão de NY, bolsa sobe 0,49%

Mesmo na contramão de Nova York, onde as perdas chegaram a 1,07% (S&P 500) e a 1,71% (Nasdaq) no fechamento, o Ibovespa estendeu a série positiva pela quinta sessão, nesta terça-feira, 18, em alta de 0,49%, aos 131.474,73 pontos, no maior nível de encerramento desde 16 de outubro, então aos 131.749,72 pontos.

Na ponta ganhadora, além de SLC Agrícola ( 8,11%), destaque absoluto para JBS, em alta de 17,89% no fechamento, puxando os preços das ações de outros frigoríficos, como Marfrig ( 6,68%) e BRF ( 7,15%).

A demanda por JBS foi favorecida pelo acordo da empresa com a BNDESPar sobre a listagem da companhia em Nova York.

"A BNDESPar decidiu se abster de votar sobre a proposta de dupla listagem de ações da JBS nos Estados Unidos e no Brasil. O BNDES é detentor de 20% das ações da JBS e os investidores ficaram muito otimistas com a decisão de a empresa não ter votado contra", diz Matheus Lima, analista e sócio da Top Gain, acrescentando que as ações do frigorífico vinham em trajetória negativa desde dezembro.

No lado oposto do Ibovespa, CVC (-3,47%), B3 (-3,06%) e Vamos (-2,63%). O giro financeiro na sessão ficou em R$ 21,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 1,95% e, no mês, ganha 7,06%. No ano, a valorização do índice é de 9,30%.

"Ibovespa operou, mais uma vez, descolado do que se viu nos EUA, mas o dia foi positivo, também, na Ásia e na Europa, com a aprovação do pacote fiscal alemão, com aumento de gastos públicos que pode trazer efeitos favoráveis para o continente", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.