Por: Aristóteles Drummond

Convocação de valores em todos os segmentos políticos

TRE Petrópolis vai realizar uma ação itinerante | Foto: Divulgação

Muito fácil criticar a classe política mantendo uma postura de indiferença e omissão quanto à melhora da qualidade da representação nos legislativos. As classes médias andam omissas e ausentes. Votam mal ou não votam por falta de opções confiáveis.

Este seria o momento de se selecionar bons nomes, em todos os segmentos políticos, para fortalecer a democracia e a qualidade da representação popular. No caso do Rio de Janeiro e de municípios do interior, existem quadros dignos que podem atender a um chamamento. Seriam empresários, professores, médicos, agricultores de sucesso pessoal que desinteressadamente prestariam o serviço público do exercício de um mandato. O eleitor saberá identificar os bons.

Já tivemos uma elite nos legislativos entre a redemocratrização em 46 e 64. O Rio capital teve vereadores do porte de Paschal Carlos Magno, Ary Barroso, Ligia Lessa Bastos, Sandra Cavalcanti, Hugo Ramos Filho, Gama Filho. Petrópolis já teve prefeitos como Oswaldo Cruz, Nelson Sá Earp. Friburgo teve até um Guinle na política local.

O Rio, quando estado da Guanabara, teve na sua Assembleia referências da qualidade de Everardo Magalhães Castro, Álvaro Vale, Nina Ribeiro, Silbert Sobrinho, Célio Borja, Afonso Arinos Sobrinho Neto.

Nos bairros, existem moradores relevantes entre empresários, educadores e médicos, que conhecem os problemas econômicos e sociais de perto. É preciso conscientizar os mais esclarecidos de suas responsabilidades para deter o derretimento do conceito do político na opinião pública. Não se tem democracia sem eleições e políticos. E estes devem ser exemplares, e não cercados de suspeições.

Temos visto muitos projetos de relevância para o progresso e a qualidade de vida da população sendo prejudicados por demagogia, ignorância e preconceito ideológico. A tolerância da sociedade está no limite. E as necessidades são prementes. O Rio pede socorro.

As lideranças que sobrevivem, recolhidas, precisam assumir suas responsabilidades e ajudar a formação de chapas de bom nível cultural, ético e com sensibilidade para o diálogo em favor do bem comum.

 

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