Por: Aristóteles Drummond

Bernardo Cabral: Uma personalidade preciosa

Bernardo não teve momentos de presença positiva na prestação de serviços ao Brasil. Foi toda uma vida, em ação ininterrupta, do jurista, parlamentar, intelectual. Na foto, o jurista em 2007. | Foto: Divulgação

Bernardo Cabral, o jurista, político, relator da Constituição vigente, senador e ministro de Estado, homem de cultura e saber, acaba de completar 92 anos, e em plena forma.

Importante contribuição ao momento que vivemos, atua como consultor sênior na Confederação Nacional do Comércio e Turismo, onde empresta sua experiência e saber ao presidente José Roberto Tadros, outro ilustre amazonense de relevância nacional.

No atual momento que o Brasil vive, a presença como a de Bernardo Cabral e de outros veteranos como Ives Gandra Martins e o ministro Carlos Velloso, tem o valor inestimável do bom senso, da isenção, da ambição que não a de servir à sociedade na busca da paz e do progresso. São homens que sabem, como atores importantes por décadas e décadas da vida brasileira, que as divisões não levam a lugar algum. Muito menos qualquer tipo de idiossincrasias, sejam pessoais ou ideológicas.

Bernardo não teve momentos de presença positiva na prestação de serviços ao Brasil. Foi toda uma vida, em ação ininterrupta, do jurista, parlamentar, intelectual. Sofreu injustiças, não se deixou levar por ressentimentos nem sentimentos menores. Afastado do primeiro mandato de deputado federal pelo Amazonas, voltou para mais dois mandatos na Câmara e dois no Senado.

A grandeza da personalidade deste homem cordial, mas de firmes convicções, fica patente ao se perceber que teve como base de sua militância a colocação consagrada de John Kennedy, de nada esperar da vida pública que não a oportunidade de servir ao país. Bernardo deu muito mais do que recebeu.

As atuais lideranças presentes na vida pública brasileira só teriam a ganhar ouvindo e aprendendo com estes homens notáveis. São poucos, mas preciosos, entre veteranos, porém ativos, no patriotismo, no espírito público.

Mais do que comemorar a data, temos de agradecer esta vida pelo bem, sem prejuízo da figura humana generosa e solidária.

 

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