Por: Aristóteles Drummond

Pela paz na orla marítima do Rio

Praia de Copacabana: Dentro de uma vontade real de melhorar o nível de segurança nas praias, também seria oportuno o controle na volta dos usuários de fora da zona sul quanto ao que carregam, como celulares, que teriam de mostrar a titularidade. | Foto: Rafael Catarcione/Riotur

As autoridades municipais e estaduais poderiam colocar em prática uma tradição no ordenamento do uso do transporte público urbano no que toca aos pré-requisitos para entrar nos ônibus, nos trens e metrô. Um pouco do exercício da autoridade que diminuiria muito a violência nas praias e a repetição de arrastões.

A primeira medida é exigir o uso da camisa nos ônibus, metrô e trens impedindo o dorso nu, que favorece os marginais em fuga. A medida já permitiria uma sensível queda nas ocorrências. Mas, para isso, o controle deveria ser eficiente, especialmente nos acessos às praias. Também lembrar a necessidade do porte de documento de identidade. Tudo com amparo legal.

Dentro de uma vontade real de melhorar o nível de segurança nas praias, também seria oportuno o controle na volta dos usuários de fora da zona sul quanto ao que carregam, como celulares, que teriam de mostrar a titularidade. As motos também merecem uma atenção quanto às licenças e titularidade.

O que não é admissível é que os moradores da cidade e os visitantes continuem inibidos de frequentarem logradouros públicos, como as praias. Também seria realista, como ocorre nos países da Europa, a cessão de áreas delimitadas a hotéis, cercadas e policiadas para garantir usuários. Não se trata de coibir ninguém de usar a praia, mas de garantir quem possa pagar para ter segurança, a esta altura de difícil controle confiável. Tem espaço para todos. A revista de suspeitos para a recolha de armas brancas, como facas e canivetes, seria outra medida elementar. A polícia sabe a quem revistar, tem experiência para não cometer equívocos, não precisa de normas.

O policiamento ostensivo já está sendo feito, mas pede desdobramento na fixação de normas que facilitem a gestão da segurança do cidadão. Outra medida natural seria, antes dos finais de semana, uma recolha da população de rua, que em Copacabana beira o absurdo. Recolha com urbanidade, mas com autoridade. Afinal, se trata de proteger cidadãos e de preservar empregos na hotelaria e restauração, que dependem dos visitantes. E garantir às famílias em seus momentos de lazer.

O assunto é relevante e não cabe as narrativas do atraso, da tolerância e da cumplicidade.

 

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